segunda-feira, 20 de outubro de 2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A caminho do altar.

Pois é ,ontem foi um dia em cheio… com muita risota, um grande susto e muitas dores nos pés, pois teimei em ir de salto alto para a baixa de Lisboa.
Como ir de carro é uma dor de cabeça, eu e a Pat decidimos deixar o carro no parque e ir de metro… Quando lá cheguei não sabia que bilhete tirar, se de uma ou de duas zonas… e perguntei a uma moça que estava atrás de mim se ela sabia, porque eu não via ali nenhum mapa...
E ela disse-me simpaticamente que era uma zona e que o mapa estava atrás de mim… e eu virei-me e disse
– dhã… esta miúda é mesmo loira… (estava a referir-me a mim) mas reparei que ela era loira e fiquei super azul… pedi desculpas e disse-lhe que estava a chamar loira a mim e não a ela… (não era mesmo para ela, agora não sei se ela acreditou) …
Lá entramos no metro e quando começou a andar a pat ficou muito caladinha...
E eu perguntei-lhe:
- Tas bem?
– Tou, mas não gosto de coisas escuras… tossiu e rectificou, bem não gosto de túneis… (pois tanto a frente como ao lado, estava pessoas de cor) …
Claro que nem rir podíamos… se não….
Dá para perceber que somos mesmo distraídas...
Depois a sair do túnel fiquei com o salto preso numa grade…. Rsrsrsr (figurinha mais triste a minha a tentar desentalar o salto)
Odeio quando isso me acontece... E chegamos a baixa…
Lojas aqui vamos nós… ou nós aqui vamos Loja... Pois… pois… entramos na primeira e foi fácil, pois não houve vendedora a pressionar, escolhi dois modelitos de vestido, vesti um… olhei… olhei… vesti… outro… olhei… olhei…
E agradecemos a senhora pelo facto de me deixar experimentar, mas eu ia dar mais uma voltinha, para ver outros modelitos, pois aquela tinha sido a primeira loja…
Next…
Entramos… e somos logo rodeadas por uma, duas, três vendedoras…
Bom dia… eu vinha ver vestidos… Ok… olhe temos este que é a sua cara, e mais este lindíssimo, e mais este chiquíssimo, e mais estes da nova colecção 2009… hum… e qual é p preço deste??...
– Ah, este aqui é de seda natural… são 2.300€… Só não me saiu um Dasss, porque sou uma moça muito bem educada…
- Bem esse é um bocadinho caro… têm algum mais baratinho…
– Tenho sim… olhe este custa 1800€ e dá para depois adaptar e fica com um vestido de gala lindíssimo… -
Olhei para a pat, tipo, será que eu tenho cara de que pertence a Alta sociedade, que passa a vida em festas…
-Não… não gosto muito desse, tem muitos folhos …
Com vontade de dizer … Sabe o que significa mais barato…
-Bem e que tal este, mas sabe que devia experimentar, pois é mais fácil decidir quando se vir com eles vestidos.
Pode ser… (já que aqui estou quero ver qual a sensação de vestir um vestido de seda natural chiquíssimo e caríssimo, o qual eu tenho a certeza que não vou comprar )
-Lá o dono trouxe dois vestidos e lá fui eu para o provador com a pat e com mais duas vendedoras….
Vesti o primeiro… lindíssimos… cheio de rendinhas e de enfeites o qual segurava com uma volta no pescoço… a senhora lá apertou o fecho… que a principio não queria apertar… (só lhe faltou por um joelho nas minhas costas) …
-E já esta, agora a fitinha do pescoço, olhe lá com está linda… Acho que naquele momento se me desse para rir, ou um ataque de tosse tinha rasgado o vestido de seda natural pelas costuras… mas nem me dobrar conseguia… porque estava tão apertado, mas tão apertado… que os calores já me começavam a subir e o pescoço a ficar vermelho… mas a vendedora reparou e lá me alargou a alça que passava no pescoço…
– Que tal… dê lá uma voltinha… Ai que linda… mas espere deixe-me apertar daqui e dali… e subir um pouco a bainha para você ver como fica
– Não precisa ter tanto trabalho, eu já vi qual o efeito… sorrisinho meio amarelo (além disso eu neste vestido pareço a rainha Dª Isabel e é muitooooo caro >)
– Não assim vê melhor… e lá esta a mulher a espetar alfinetes por tudo quanto é vestido para ficar a minha medida…
- Que tal??? Lá estou eu a torcer o nariz para a Pat…
- Bem é giro, mas posso experimentar o outro?
- Sabe a noiva que viu lá em cima, vais levar dois vestidos, um para o cível e outro para a igreja… - Dois…
– sim é tradição da família… E eu a fazer a soma a dois vestidos… que a modesta quantia com tudo incluído devia rondar os 5000 mil euros…. Cum catano …
Uffa… que alivio quando ela desapertou o fecho….
Mais um bocadinho e morria ali…
Bem próximo modelito… mais simples… e mais leve no preço…mas pouco.
E voltamos ao mesmo, aperta daqui, espeta ali, sobe aqui desce dacolá…. E lá estou eu novamente sem consegui respirar...
E vejo outra mulher a descer com mais uns vestidinhos…
Ai… penso eu… nunca mais vou conseguir sair desta loja… até que a Pat olha para os vestidos e salva-me…
– Bem acho que ela não gosta desses vestidos, tem muitas rendas, não fazem o género dela.
Pois não Graça…
– Não… esses nem vale a pena experimentar…uffa… já chega…
Estando os ajustes feitos e eu toda cheia de alfinetes mais parecia uma almofada de alfinetes…
– Então e este, está linda, parece uma princesa, posso fazer o talão para levar este???
-Sabe ele é lindo, mas não está dentro das minhas possibilidades… (deves estar doida, achas que vou gastar isso tudo num vestido )
-Bem tenho um mais barato realmente, mas não é tão bonito, eu vou buscar.
Nem tive tempo de dizer que não queria experimentar mais nada…
Quando veio o vestido eu sabia bem que o mais barato dela, não era o meu mais barato e antes de vestir o vestido disse…
-Bem eu não gosto dessas alças. -
Ah… mas quem falou em usar estás alças… e enfia-me o vestido e lá começa ela a enfiar alfinetes e a apertar o vestido até eu não conseguir respirar, e a esconder as alças para o vestido ficar tipo cai-cai…e o vestido era pesadíssimo… nem se tivesse dinheiro levava aquele vestido…
-Está mais linda ainda, já viu quantos mais vestidos veste, mais linda fica…
- Pois… Eu só pensava, mas como é que eu me vou livrar desta mulher e desta loja… dasss Tive a brilhante ideia… vou lhe trocar as voltas.
-Sabe eu realmente gostei foi do segundo que vesti, esse sim é o que escolhia, por isso vou para casa pensar e fazer contas e depois volto cá .
– Mas não precisa pagar já, fazemos a nota de encomenda deixa um sinal e só paga quando vier buscar, e se não quiser este escolhe-se outro.
- Não é melhor não me comprometer com nada, eu depois volto (volto, então não volto)
- Bem a senhora é que sabe…
-Obrigado por tudo…
E assim que nos apanhamos na rua nem olhamos para trás.
Bem vamos é almoçar que precisamos de recuperar energias… pois já nem podia com os meus pés de estar tanto tempo em pé a vestir e a despir… Sentamos… e comemos e depois de energias recuperadas, aqui fomos nós… na esperança de encontrar uma loja com umas vendedoras menos empenhadas em vender o que quer que seja…
Quando íamos atravessamos a estrada para o outro lado, começamos a ouvir gritos... Agarrem que é ladrão… ajudem-me… e passa por nós um gajo a correr com um cofre pequeno debaixo do braço e com gente a correr atrás dele… eu e a Pat ficamos paralisadas… completamente paralisadas…acho que o sangue congelou… pois a senhora que corria atrás dele era a senhora da loja onde a moça comprou dois vestidos e pagou a pronto… na qual uma meia hora antes eu tinha estado com a Pat… Como havia uma manifestação de estudantes universitários ou qualquer coisa parecida… nunca mais ninguém viu o homem com o cofre na não… e policia que é bom nestas alturas nada… nem sombra deles naquela rua…
A medo lá voltamos as lojas…
E voltamos ao veste e despe mas sem apertões e sem pressão. Pois se há coisa que eu odeio é entrar numa loja e de me sentir pressionada, ou de andar com uma vendedora atrás de mim, gosto de entrar ver e decidir sozinha e se eu precisar eu chamo alguém para me ajudar…
E depois de visitar se não todas, foram quase todas. E eu ainda não me tinha decidido…
Então decidimos ir ao Porto alto, porque a minha cunhada tinha-me dito que lá havia uma loja na qual os vestidos eram lindos e baratos…e aqui fomos nós… mas vestidos barato e bonitos népia… bonitos eram os caros porque os outros eram da época da minha bisavô …
-Ai… que faço eu a minha vida… gostei do que vesti na primeira loja…
Como a Pat é uma querida e têm muitaaaaaaa paciência , disse que íamos voltar a Lisboa, afinal o vestido era único e com um preço acessível… depressa iria ser vendido, mas já eram 18:15 e quando chegássemos a Lisboa a loja já teria fechado de certeza…
Mas como eu devo ter um anjinho da guarda algures por ai… bastou um telefonema para a loja e a senhora mesmo sem sinal guarda-me o vestidinho até quarta-feira… Uffa… é que eu também já não me aguentava nos saltos… Mas que difícil que é ser mulher… .
Irra… nestas alturas ser homem é tão mais fácil, afinal os fatos são quase todos iguais só muda a cor.
Buterfly_purple a caminho do altar

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Traquinices.

E a sim sendo vou contar uma das minhas traquinices também. sim só conto uma... se não nunca mais saia daqui. Para quem não sabe eu tenho um irmão mais novo dois anos, e como sabem até uma certa idade os manos mais novos fazem tudo o que os mais velhos mandam, nem que a diferença de idades seja somente 2 anos… Neste episodio eu tinha seis aninhos e ele os seus quatro, e passamos a nossa infância numa pequena aldeia, onde não havia muitas crianças e nem os meus pais tinhas dinheiro para nos comprar brinquedos, então tínhamos de passar os dias a entreter-nos com o que encontrávamos. Então certo dia decidimos fazer um buraco no chão da horta do meu pai, tipo uma piscina para brincarmos, a ideia era abrir um buraco e depois enche-lo de agua, mas a terra era muito seca e dura… então tivemos a excelente ideia de ir molhando a terra e de irmos cavando, com as mãos… hehehe, claro que o buraco saiu depois de muitas horas a escavar, e o resultado da escavação era muita, muita lama… e como era de calcular, mas não para duas crianças a terra absorvia toda a agua que lá púnhamos…. E piscina que era o que queríamos… nada…. Então eu tive a bela da ideia de enterrar o meu irmão deitado no buraco e cobri-lo de lama e de seguida deitei-me ao lado dele e tapei-me com a lama também… foi cá uma trabalheira… Mas antes avisei o meu mano que se alguém nós chama-se, fosse quem fosse, nós não poderíamos falar, nem dizer nada… para fazermos uma surpresa… E assim fizemos… E passado um pouco começamos a ouvir a minha mãe a chamar por nós… - Gracinha…. Luisinho… E nós nada… caladinhos que nem ratos, como combinado. - Gracinha…Luisinho… mas onde é que vocês se enfiaram. Até que a minha mãe decidiu ir a nossa procura…e… o resultado não foi nada bom. Pois a minha mãe quando chegou a horta e só viu os nossos olhinhos, narizinhos e bocas a sair do chão…não aguentou… mandou um grito e caiu redonda nos chão… O meu avô que ali andava perto ouviu o grito e veio em seu socorro… Quando nos viu ali naquele estado e a minha mãe caída, não achou piada nenhuma… E arrancou-nos do chão no instante e ajudou a minha mãe a voltar a si… Claro que depois… levamos umas belas palmadas dela e o meu avô deu-nos um banho de água fria com a mangueira da rega… E nós nunca mais quisemos saber da piscina… Claro que hoje tanto nós como a minha mãe nos rimos da situação, mas na altura sei que pelo menos eu e o meu mano choramos e muito…. rsrsrsrs