segunda-feira, 7 de março de 2011

O Cão de Sócrates... Ora ai esta um belo exemplo de inteligência canina.

Ainda há quem tenha dúvidas quanto a inteligência dos animais, aqui esta prova que os cães são muito mais inteligentes do que aparentam, e este sabe-a toda, ou não fosso ele o cão do Trocaste… bem queria dizer do Sócrates…












"Desta vez fiz asneira e da grossa. Mas como podia eu saber que aquele pedaço de papel que rasguei e comi era tão especial para o meu dono? Todos os dias lhe como e destruo metade dos papéis oficiais e dos despachos que ele tem em cima da secretária e ele não se importa com isso. Aliás, as coisas que já lhe comi, davam para fazer um livro só sobre isso: um DVD intitulado “Espanhol para falar com Chefes de Estado”, um telemóvel que fazia ruídos estranhos quando se atendia (este por acaso até foi o meu dono que me deu para roer), um livro de poemas autografado pelo Manuel Alegre (ainda por abrir!), uma fotografia do presidente da República que estava a marcar as Páginas Amarelas, três ou quatro orçamentos de Estado (são sempre os mais difíceis de roer). Sempre que tenho estes impulsos de rafeiro, o meu dono faz-me aquela falsa cara de mau e diz-me “Não, pá, isso não pá, larga pá!” mas depois ou toca o telemóvel e ele distrai-se com a conversa ou acaba por esboçar um sorriso e perdoar-me. Desta vez não. Foi tudo muito diferente. Enfim, a culpa é minha. Tinha de acabar em desgraça esta minha mania de me atirar a tudo o que é papel oficial. E o que mais me causa estranheza é que desta vez só roí um papel, um miserável papel. (…) Este era fininho, uma folha apenas, estava cheio de números e letras e tinha um emblema no cimo da página. Uma coisa aparentemente rasca, sem valor mas afinal era valiosíssima! Como é que eu ia saber que aquilo era o certificado de habilitações do meu dono, do seu curso de engenheiro?"

quinta-feira, 3 de março de 2011

Arte contemporânea.


Quando falamos em arte contemporânea associamos, ou pelo menos eu associava à pintura, à escultura e ao ballet clássico…

Ok… Confesso que nesta área sou um pouco inculta, mas estamos sempre a tempo de apreender.

Na formação que frequento e em contexto de aprendizagem, o nosso formador decidiu dar uma aula diferente e levou-nos a conhecer um projecto desenvolvido por uma associação da zona, a Transforma AC, uma associação sem fins lucrativos, ligada à cultura e a arte de forma a ajudarem pessoas a desenvolverem projectos artísticos.
O objectivo era dar-nos a conhecer a arte em contexto de sociedade e a desmistificar algumas dúvidas e a esclarecer outras em relação ao que pensávamos e sabíamos sobre a arte contemporânea.
Após nos terem apresentado a empresa e os objectivos da mesma, foi nos dado a conhecer dois projectos desenvolvidos na zona de torres Vedras.
O primeiro trabalho que vimos foi realizado por Michael Pinsky. Este artista ao passear pela cidade de Torres Vedras verificou a diversidade de azulejos que decoram as paredes dos edifícios que por aqui se erguem, uns mais antigos e outros mais recentes. E resolveu elaborar um projecto ao qual chamou de Horror Vacui (horror ao vazio), e neste projecto decidiu criar novos azulejos sobrepondo imagens de uns e de outros até formar um novo azulejo. Depois reproduziu as suas criações em forma de azulejo gigante e convidou as pessoas da zona a virem montar o azulejo, como se fosse um puzzle. Desta forma conseguiu unir a arte com a sociedade, levando a participação de todos.
Um outro projecto que vimos foi uma curta-metragem que relacionava o crime com o facto de Portugal fazer parte da União Europeia levando a pensar nos prós e contras que isso reflecte na nossa sociedade.
Ambos os projectos que vimos, como outros que abordamos, pudemos verificar e desmistificar que a arte e o artista não são só os pintores e os escultores que se isolam no seu espaço e que tem as suas ideias isoladas e egoístas. Mas a Arte é também envolver as pessoas, criar espaços e renovar outros, englobar as pessoas e as regiões na criação da mesma.
É com esta junção de pessoas, sociedade e arte que podemos obter uma maior harmonia e proximidade entre a arte e o artista. E por vezes conseguir até mudar personalidades e mentes de uma região.
O problema na minha opinião é que Portugal ainda é um país de mentalidades fechadas para as questões relacionadas com a arte, as pessoas ainda olham os artistas como pessoas desocupadas que se dedicam a rabiscar coisas que ninguém entende e que ainda por cima ganham dinheiro às custas disso… Ainda pensam que o dinheiro que o estado dispensa com a Arte e Cultura é dinheiro mal gasto…
Ainda estamos a anos-luz de pensar ou de considerar em encontrar na arte uma forma de ajudar e proporcionar a sociedade melhorias em diversos campos.
Mas também existem “artistas” que julgam que estão a produzir arte, ou nomeiam o seu trabalho de arte, quando na realidade e na minha opinião o trabalho realizado por eles são tudo menos arte, porque roçam a crueldade humana.
Falo isto relembrando o caso do “artista” Guillermo Vargas Habacuc, um “artista” da Costa Rica que amarrou um cão abandonado no interior da Bienal Centro americana de Arte, deixando-o morrer à fome e sede, e chamando a isto a “arte do futuro”. Isto na minha opinião não é arte nem do futuro nem do presente, isto é usar a arte e fazer em nome da arte o que bem quer e entende…

terça-feira, 1 de março de 2011

Perdido

Ela assim o decidiu, e correu, correu em direcção ao desconhecido…Sem sequer se preocupar em olhar para trás, sem querer saber como iria ele ficar.

Por medo, por culpa, por ter fome de viver uma nova etapa; por mil e um motivos e por nenhum…

Ele assim ficou… parado no tempo, sem querer acreditar no que se estava a passar.

As lágrimas teimavam em correr-lhe pelo rosto, mesmo sem elo o desejar.Sentia-se perdido, vazio, sozinho, como se lhe tivessem roubado metade da alma, metade da vida…

Como se tudo até aquele momento fosse uma mentira, uma simples ilusão.

Sentiu-se revoltado, magoado, traído… e chegou por momentos a sentir-lhe raiva e ódio. Raiva e ódio por a ter amado, por ainda a amar, por a desejar tanto e por só querer o seu bem e felicidade.

Decidiu que não iria correr a trás, que a deixaria seguir o seu caminho, a sua escolha…

Acreditava que se ela realmente lhe pertence-se, voltaria. E ele iria esperar pacientemente por ela, com o mesmo amor de sempre, afinal ele acreditava que ela era a sua metade.