sábado, 7 de março de 2009

Perdida até de mim...

Sopra uma brisa forte, os meus cabelos esvoaçam com o vento…
Tenho frio, não um frio que um simples agasalho me o leva-se, tenho um frio dentro de mim, o meu sangue corre gelado.
Aproximo-me do lago e vejo um reflexo nas suas calmas aguas …
A medo pergunto: – Quem és tu?
Ouço uma voz distante que me diz:
- Eu sou o teu reflexo.
- Não, não és, essa pessoa que me mostras não posso ser eu.
- Garanto-te que o és!
- Não sou, pois eu tenho sempre um sorriso e essa não, eu tenho sempre um brilho nos olhos e essa não, eu sou feliz e essa não me o parece .
- Sabes bem que o reflexo não mente, olha bem de novo…
- Sim estou a olhar!
- E?
- E não vejo nada ao qual se assemelhe.
-Então olha com olhos de ver.
-Entendo-te, um sorriso jamais pode esconder a tristeza de um olhar, para quem olha com olhos de ver e de querer…
Fico assim perdida em mim um tempo sem fim.
Não sei quem sou, não sei para onde vou…
Sei que sem ti fico perdida…
Perdida até de mim…

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