terça-feira, 7 de julho de 2009

Adeus Michael.

Acho esta musica linda, como não posso por o vídeo, aqui fica o link: http://www.youtube.com/watch?v=CtmbZbzr680 Morreu Michael Jackson. Morreu Michael Jackson. Morreu Michael Jackson. Continuo sem acreditar. E só hoje que é o funeral dele é que caiu em mim. Morreu Michael Jackson. Jackson tinha apenas 4/ 5 anos quando começou a cantar e é claro que eu não me lembro dos Jacksons five, pois antes de eu nascer já ele era uma estrela, cantando e dançando em cima dos palcos. Durante anos, ao lado dos irmãos trilhou o caminho do sucesso, sempre debaixo da rédea curta e chicote paterno. Michael Jackson foi adulto a partir do momento em que nasceu. Não é de estranhar que quando no final dos anos 70 se emancipou económica e artisticamente, quisesse ser aquilo que a sua família lhe negou. Uma infância e uma juventude normal, Não me admira que vivesse num parque de diversões infantis, não me admira que fizesse mil e uma plásticas para se manter "jovem", não me admira que quisesse ser "branco", pois "preto" era o seu pai tirano; E embora muitos o acusem e lhe apontem o dedo o facto é que nunca ficou provado que ele era pedófilo, para mim tudo não passou de um esquema para lhe extorquir dinheiro. Eu não acredito que fosse pedófilo, acho apenas que queria estar rodeado de crianças, pois apesar da sua idade ele era, sem qualquer margem para dúvidas a mais criança de todas as crianças. E se queria ajudar criança pois tinha possibilidades para tal, porque não??? Acho que a humanidade começa a ver maldade em todo o lado e acaba por não saber distingui o certo do errado. O lógico do não lógico. E acredito que a morte dele foi provocada por ele mesmo, porque depois de adiar por diversas vezes os espectáculos em Londres e depois se ser publicado que o seu estado de saúde era debilitado, eu acho que ele preferiu que nós nos recordássemos dele como um Rei, o Rei da Pop e não como um fracasso, pois não acredito que ele conseguisse fazer um espectáculo em palco como o fazia dantes. Só tenho pena de nunca ter tido a oportunidade de o ver ao vivo, mas fico com boas recordações do quanto me diverti ao som das suas musicas e quantas vezes eu e a minha prima ensaiamos , sem nenhum sucesso as musicas do Thriller. Espero que encontres agora a paz que em vivo nunca tiveste. 1958-2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Tempestade

O vento sopra lá fora fortemente, tão forte que faz com que as ondas rebentem junto ao pontão, com tamanha violência que parecem trovões a rebentar, o som é tão forte que abafa os outros sons. Penso porque será que está zangado ou revoltado para soprar com tamanha ira e força. A luz à muito que já faltou e no meio desta escuridão, somente a luz de uma pobre vela ilumina este imenso quarto frio e solitário. Afasto-me vagarosamente da janela, a noite já vai alta e eu não consigo dormir, tenho passado a noite a caminhar por entre a sala e o quarto, na esperança de encontrar algo ou alguém, pois sinto uma estranha presença em meu redor, nada que me assuste bem pelo contrario até me trás uma certa calma, uma calma que já não sentia à muito. Sento-me na beira da minha cama e vejo a que julgo ser a minha imagem reflectida no espelho. Sinto-me cansada, sozinha, apagada, tão apagada quanto este quarto velho. Comos os anos passaram e eu nem dei conta deles, não reconheço a minha imagem, pois a imagem que guardo de mim é outra completamente diferente desta que o espelho teima em me mostrar. Não recordo o meu cabelo branco mas sim negro como as penas de um corvo, não recordo esta pele pálida e enrugada, mas sim uma morena e lisa, não reconheço este corpo curvado e desfigurado, mas sim um esbelto. Quem é aquela ali afinal? Sou eu, sou um eu que teimo em não querer ver, sou um eu que prefere manter uma imagem antiga guardada do que a aceitar a realidade dos anos. Acho que deve ser assim quando chega a velhice e não se quer aceitar que chegou o fim, não se quer aceitar que fomos derrotadas numa guerra contra o tempo. Sinto um arrepio na nuca, um vento suave e frio, como o respirar de alguém por detrás de nós. Sabe bem, deixo-me estar assim quieta agora deitada sobre a minha cama a sentir este suave e calmo respirar. Sinto-te chegar devagar… tão devagar que mal dou por ti, mas sei que estás aqui. Não és cruel como te descrevem em tantos livros e como te fazem transparecer em tantos filmes, pelo contrário, és meiga e cuidadosa. Embalas-me nos teus braços suavemente e aconchegas-me no teu peito, eu sabia que não estava sozinha esta noite. Aos poucos deixo-me adormecer com um sorriso nos lábios, e deixo que me leves sem oferecer resistência, sei que de nada vale tentar resistir e também sei que chegou a minha hora de partir, e quero que saibam que parto a sorrir.