quinta-feira, 30 de abril de 2009

Virgem... ser ou não ser... eis a questão.

Virgem... ser ou não ser... eis a questão. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades... Ser virgem no passado era uma virtude, agora parece que virou uma vergonha... E para algumas até um negócio, e pelo que se ouviu falar da última que leiloou a sua virgindade...foi um excelente negócio... Mas isso não são coisas para Portuguesas... Bem mas onde eu queria chegar. Ao Clube das Virgens... http://clubedasvirgens.blogspot.com/ Para quem não sabia aqui fica a noticia... É que isto teve direito a uma página inteira hoje no correio da manhã. E tudo porque a criadora de tal clube a Margarida Menezes de 26 anos, não conseguiu uma única inscrição no seu clube, clube este que já existe à um ano... Diz ela que “ as mulheres Portuguesas têm vergonha de assumirem a virgindade”... Portugal tem um clube de virgens com deveres e direitos e com cartão de sócias e tudo... E mais, não tem fins lucrativos e visa a união e convívio de todas as mulheres que fizeram a opção de o serem...ou neste caso de continuarem a ser... Mas depois mais à frente pode-se ler o que pretende ou se pode fazer neste clube. E uma delas é a angariação de fundos para instituições de Solidariedade Social e ajuda Humanitária. Organizando desfiles e Miss clube das virgens... Ah... e se entretanto deixarem de ser virgens são expulsas do clube. Já estou a imaginar as virgens todas a mostrar o cartãozinho de sócias como se fosse de um clube de futebol ou coisa assim, será que esse cartão da descontos... se der será em quê??? Em filmes porno... ( bem agora estou a ser mazinha). Bem o que eu acho é que estamos na era da palhaçada e isto é mais uma palhaçada...ou uma maneira de centrar as atenções em si... talvez agora que já tem a atenção que queria... organize um leilão como a outra... Pois será que ser virgem é alguma doença que tenhamos de divulgar aos sete ventos, ou não ser virgem é uma doença ainda pior e por isso há que apelar às virgens deste país? Se ela pensa que para uma mulher ser virgem é apenas um acto físico de rompimento do hímen, está muito, mas muito enganada e a reduzir a tão pouco o assunto! Pois existem muitas mulheres que perdem o hímen a andar de cavalo ou de bicicleta... será que essas já não são virgens?? E será que aquelas que nunca tiveram relações sexuais físicas mas que passam a vida a ver filmes porno e utilizar a masturbação, continuam virgens??? De certa forma acho piada aos que afirmam que sexo se banalizou na sociedade, como se deixasse de ser bom e benéfico por ser banal. E se for? E depois? Ver televisão é banal, jogar futebol é banal, comer gelado em dias de grande calor é banal... e depois? Deixa de ser bom? Perde o valor? Vamos deixar de fazer coisas porque os outros também fazem e de repente "é banal"? Por favor, eu respeito as escolhas individuais de cada um e sem julgamentos, não venham é fazer a apologia da castidade e dessas tretas só porque o contrário é ser banal e queremos ser diferentes. O que é que interessa o que os outros fazem? Olhem mais para vocês próprios... Bem fica para quem estiver interessado que nos dias de hoje ainda se vendem cintos de castidadehttp://www.lojavirtualsegura.com.br/lojas.asp?... Se calhar vou sugerir a esta menina... para o caso de ela cair em tentações.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Influências

Acreditamos que a influência gerada pelas pessoas, ambiente, cultura, etc. forma cada ser humano existente neste planeta. A troca de pensamentos e ideias é uma óptima maneira para nos influenciar. Todos temos pensamentos e queremos influenciar outros seres humanos com objectivos variados, mesmo que estejam a pensar, eu não, no íntimo sabem que isso não é verdade. Mas por vezes nem damos conta do tamanho da influência que exercemos sobre os outros, e por vezes essa influência nem é pela positiva, mas sim, deixa-nos marcados pela negativa. Por vezes quem influencia nem dá conta do que fez, pois já o faz de forma natural... Ou será de forma premeditada??? Agora fiquei sem resposta... Mas sem resposta fica também o influenciador quando constatado com o facto ou pergunta sobre o motivo por que influenciou tal ou tais pessoas. A resposta regra geral é: -Eu não influenciei ninguém...Cada um pensa com a sua cabeça... Mas a verdade, é que atrás dele já vai uma carreirinha/ filinha de influenciados, que discutem e apoiam a ideia do influenciador com unhas e dentes, como se da sua própria ideia se tratasse... Mas como a ideia ou o pensamento não foram deles, perdem-se pelo caminho, chegando mesmo a perder a razão, ou ficando completamente cegos e surdos... E então pensam que são senhores e donos da razão, esquecendo até aqueles por quem já tinham uma empatia ou amizade só por esses não se deixarem influenciar ou por esses não acreditarem nas mesmas ideias ou ideais que outros defendem afincadamente. E enquanto isso acontece o Influenciador é o centro das atenções pois conseguiu moldar uns tantos a sua ideia, anda feliz e contente achando-se o maior dos maiores, o génio das ideias enquanto os de mente fraca (ou dementes) ou de fracas opiniões se atacam ou atacam os que os rodeiam e defendem a brilhante ideia... sem se aperceberem que só foram usados para atrair atenções sobre o influenciador. Será que não se pode ter ideias diferentes sem se ser julgado??? Será que só porque defendemos uma ideia, temos de nos achar como senhores e donos da razão??? Será que por não conseguirmos que as pessoas adiram à nossa causa, o melhor é terminar o relacionamento??? Será que o melhor é criticar tudo e todo o que vai contra o influenciador??? E eu a pensar que já vivia no mundo dos adultos, mas chego a conclusão a cada dia que passa, que só convivo com crianças, que se zangam e chateiam e chegam a fazer birras porque um dos colegas não quer jogar à macaca... Butterfly_purple.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sugestão de leitura.

Ok... Eu confesso que sou uma papa livros. Este foi outro livro que definitivamente me surpreendeu pela positiva. O Salão Dourado - Rebecca Kohn Sinopse "A história bíblica da Raínha Ester — cuja beleza apenas era igualada pela sua sabedoria — inspirou as mulheres ao longo de séculos. Capturando as paixões e o perigo da política que tornaram o legado de Ester tão intemporal, O Salão Dourado revela uma pesquisa meticulosa e leva-nos às profundesas do império persa. Órfã e aterrorizada, Ester começa uma nova vida com o seu primo, um homem bem posicionado na corte, a quem está prometida. Mas é na luxúria do harém real que se transforma em mulher. Ester conquista o que procura: o coração do Rei Xerxes e a libertação do seu povo. Mas a sua ascenção ao trono tem um preço: terá que voltar as costas a tudo o que alguma vez desejou, e entregar o corpo a um homem que nunca amará. O Salão Dourado ilumina de forma assombrosa um dilema épico entre os desejos do coração de uma mulher e as obrigações impostas pelo seu destino. No caso de Ester, a escolha faz história... e uma leitura inesquecível." * Opinião Li-o praticamente "num sopro". A Leitura é bastante agradável e fluída e a personagem principal, Ester, é muito bem explorada, sendo dado a conhecer ao leitor, todas as suas batalhas interiores sobre o comportamento que deveria ter enquanto judia (facto ocultado) e o que tinha. Outro dos grandes conflitos interiores desta mulher era o seu amor imaculado pelo primo, que deveria se ter tornado seu marido não fosse o precipitar de vários acontecimentos e o ter estado no local errado à hora errada, e o desejo carnal que sente pelo rei Xerxes. Este livro demonstra também muito bem as dinâmicas complexas da vivência numa corte, quer a nível do poder disputado pelos homens, quer a nível da vontade das mulheres de ascenderem à posição de favoritas junto do rei. A história é a de uma personagem feminina muito forte, não tanto pela sua personalidade mas mais pela sua astúcia e inteligência, que consegue alterar o rumo da história, mesmo sendo mulher, o que é seria quase sinónimo de peça de exposição e objecto de prazer no império Persa. Muito bommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.

Sugestão de leitura.

A Beleza de Todas Nós - Katherine Center A vida de Lanie Coate entrou numa espiral incontrolável. Depois de quinze anos casada, três filhos e mais quilos do que ela está disposta a contar, deseja desesperadamente voltar a ser quem era. Chegou o momento de se erguer e de reencontrar a mulher que foi antes do seu papel de mãe lhe ter abarcado toda a existência. Lanie entra em acção: inscreve-se num ginásio e num curso de fotografia e descobre uma nova amiga em Amanda, uma mulher espirituosa. No final, tem de concluir de uma vez por todas como há-de reencontrar-se sem perder tudo o que tem. A Beleza é de Todas Nós, de Katherine Center, é um romance divertido, pungente e encantador acerca do que acontece depois do «felizes para sempre». A história de uma mulher que aprende a apaixonar-se pelo marido, e pela sua vida, uma vez mais. Opinião. A capa é muito gira mas por incrível que pareça não encontrei nenhuma capa da versão portuguesa… pois só saiu para o mercado no dia 9 de Abril. Gostei imenso porque é uma história que vimos no dia a dia e podia ser a história de qualquer uma de nós mulheres. De leitura fácil e fluente.

Histórias.

Histórias quem não têm a sua? São tantos os pedaços de momentos, pedaços de vivências que fazem as nossas histórias. Umas felizes e outras tristes, mas todos eles formam a nossa, e de que valem as nossas histórias se não forem partilhadas? De que valem as linhas que cruzamos ou as regras que quebramos se não existir por trás uma razão? Quase tudo se resume ao amor. E o amor, o amor tem tantas formas! Alguém que nos faz sentir muito quando nos sentimos nada. E ao nosso redor tanto que dizem conhecer-nos quando nada sabem de nós. Não conhecem a história, não sabem o que nos acelera o bater do peito, o que nos causa borboletas no estômago. Os amigos que nos tomam como abençoados e nem sempre sabem ouvir para saber a confusão dentro de nós porque não têm tempo para nos conhecer de verdade. Sim, com certeza fomos feitos para alguém, eu já encontrei o meu alguém, e juntos formamos mais um pedaço da nossa historia tanto individual como conjunta. Serão todas as histórias iguais? Possivelmente…Sim. Possivelmente…Não. Andamos tão atarefados com outras coisas e outras histórias, que por vezes esquecemos da nossa história e a nossa história deveria ser a única a ser lembrada por nós mesmos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Espécimes masculinos

Existem dias assim, em que como não tenho nada parta fazer de concreto, ponho-me a observar e a pensar... e quando mais observo,mais penso... e mas incrédula fico... Não é espantada, pois já nada me espanta, mas existem coisas que me preocupam, e quando mais observo mais preocupada fico... Isto porque tenho uma filha... e cada vez está mais crescida, não é fácil e só de imaginar... que daqui a mais uns anos... pode-me aparecer um “Chavalo” de mota... a sacar de umas cavaladas para dar show à vizinhança! Ou um tunning todo armadilhado com a musica em altos berros... (credo só de pensar nisso até tremo!) Bem isto deve-se a ao facto das tendências que vou observando por ai e que confesso achar algumas assustadoras! Terrivelmente assustadoras. Vou tentar identificar por partes ou por grupos, como queriam chamar, estas novas tendências másculas... Primeiro temos os “ putos morangos com açúcar, betinho” Com uma franja tão grande... que mal se vê a cara... com sorte conseguimos ver um olho! Mas como o ditado já o diz, em terra de cego quem tem olho é Rei. Esta “espécie” de homem/miúdo é delicada, por vezes “florzinha”, veste a bela da marca Tommy,Gant ou Lacoste... o belo do sapatinho de vela daquele muito fininho tipo mocassin, mas de marca claro... e que ao fim de um tempo cada sapato adquire “abertura” suficiente para calçar dois pés..(experimentem reparar na forma de andar desta espécie!).. Geralmente dão nas vistas porque conseguem a proeza de sair à noite no Jipe da Mãe ou no BMW do Pai! Há alguns que conseguem uma proeza ainda maior: a de ter como 1º carro um “básico” BMW para as suas voltas de casa à Faculdade! Mas atenção são poupados... cravam sempre o amigo com que saem... com a desculpa “vá lá para a próxima pago eu!” Mas realidade são uns tesos patrocinados pelos paizinhos. Depois temos os “ tunings” e em que há dois acessórios que nunca podem faltar: o boné e o brinquinho brilhante ou o piercing no sobrolho. Em geral, vestem-se de uma maneira bem fácil de se identificar... roupa bastante larga ... e calças de cintura descida, em que se tiverem o azar de ter um furo, dada a posição de resolução do dito (furo claro) somos presenteados com aquele cenário “lindo” de se lhe ver o “rego”). Estes “espécimens” têm por hábito estragar os carros de uma maneira que até dói,colocam Ailerons e outras coisas que eu nem sei o nome, e por vezes colocam aqueles autocolantes enormes com a marca do carro (cromos liga com autocolantes né? Tá explicado! ). A música no carro quer-se sempre bem alta, até porque eles investem muito no material de som! Acho que devem colocar aquelas luzinhas azuis na frente dos carros porque o grande sonho seria conduzirem um carro do INEM ou serem bombeiros não? Não esquecendo que esta especie tem sempre um belo animal de estimação, ou pitt bull ou doberman... têm de ser parecidos com os donos. Temos também os “Lovers-da-night”. Em geral, frequentam discotecas conhecidas. Usam t-shirts colantes de marcas como Dolce Gabbana ou Emporio Armani. Mas, atenção estas têm de ter letras bem grandes à frente ou com o simbolo da marca em tamanho XXL. Para que todos saibam de que marca é. Sem isso nada feito. É importante referir que esta espécie passa a semana a exercitar-se em ginásios, para no fim-de-semana exibir a sua musculatura, perante as meninas que se rebolam até ao chão, por essas discotecas fora. Sim, são sempre moços musculados. Assim desviam a atenção para o corpo e fazem esquecer que o cérbero é bem reduzido... Ah e atenção à depilação que é para esta espécie um top prioritário nas suas agendas! Temos ainda os do “estilo provinciano”. São aqueles que ouvem Tony Carreira. Em geral, passeiam-se em carros cheios de bonecos pendurados no espelho retrovisor. Esta espécie não sai à noite, a não ser para o café do central lá do bairro ou para os bailes das festas da aldeia. Casam cedo e casam sempre com as tais que enchem os pavilhões para ver o seu ídolo - Tony Carreira. O domingo é o dia obrigatório para o célebre passeio no Centro Comercial, porque o que está a dar é entupir as filas de acesso aos Centros Comerciais! Não nos podemos esquecer dos peluches estrategicamente colocados na prateleira do vidro traseiro! Possivelmente ofertas da namorada. E e para completar o cenário, não me posso esquecer que temos os espécimes “foleiros-ricos”. Que em muito se parecem com os ”Lovers-da-night”. As grandes referências desse estilo são o Cristiano Ronaldo e o Quaresma. São pessoas com muito dinheiro. Que gastam balúrdios em roupa e cosméticos. Mas que ficam eternamente com aquele estilo tão... tão foleiro. Coleccionam carros mas são pouco dados a diversificação nos gostos... compram todos os mesmos... lá vão mudando a cor . Vibram com mulheres de aspecto “ordinário”, de preferência com mamas grandes, longos cabelos loiros e com “longos” portfólios em calendários de uma marca qualquer conhecida! Lembram-se de mais alguns? Aceito sugestões. PS: Fica a advertência que com este post não quero ridicularizar ninguém, nem tão pouco dizer que selecciono aqueles com quem me relaciono! Mas apenas comentar humoristicamente alguma da realidade com que me deparo no dia a dia. Acho que muitas pessoas não são elas próprias, mas sim autênticas cópias baratas de outras... e muitas vezes nem vêm no ridículo em que caiem!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Uma só lágrima pode querer dizer tudo

Rita era uma mulher bonita e elegante, tinha conhecido Pedro na faculdade mal acabaram de se formar tinham casado, viviam felizes e apesar de Pedro passar a vida a falar em filhos, Rita nunca os quisera, mas para fazer a vontade de Pedro tinha engravidado, na esperança que nascesse um rapaz, mas tinha nascido uma menina, uma linda menina e desde que ela nascera que Pedro a via como a menina dos olhos dele, ele mimava-a muito, aos poucos Rita foi ficando com ciúmes da maneira como Pedro tratava a filha, sempre com um mimo, sempre com presentes para a pequena e esquecendo-se dela.
O casamento começava a detiorar-se e Rita culpava a filha por isso, pois desde que ela nascera que Pedro trabalhava mais para fazer frente as despesas, e sempre que chegava tarde era ao quarto da filha que ele se dirigia primeiro, sempre com algo para tentar compensar a sua ausência durante o dia. Pedro chegava a casa demasiado cansado para dar atenção à esposa, ou aos pequenos pormenores que iam aparecendo, via as nódoas negras de Mariana e quando a questionava sobre o que tinha acontecido ela dizia sempre que tinha caído ou que se tinha magoado na escola, não queria contar ao pai que era uma menina má e que se tinha portado tão mal ao ponto de a mãe lhe bater para que ela não voltasse a fazer o mesmo. Pedro não achava muito normal Mariana andar sempre assim, mas como era uma criança e como as crianças nunca estavam quietas era bem possível que no meio das brincadeiras com as amigas ela se tivesse magoado.
Mariana tinha um ar tão frágil, um corpo tão magro e pequeno, uma pele branca como a neve e uns olhos tão azuis como o céu, mas rodeados por umas olheiras tão profundas. Profundas demais para uma menina de cinco anos e um rosto amargurado, como se já tivesse vivido vinte anos… raramente falava na presença de estranhos, e nunca se portava como uma criança normal para a sua idade, parecia uma adulta presa num corpo de criança.
Os poucos anos que tinha, levaram-na levado a crescer rapidamente, apesar de não entender o porquê, depressa aprendeu como agir para que nada corresse mal. Não queria ser uma má menina e nem queria voltar a aborrecer a mãe. Mas por mais que se esforçasse fazia sempre tudo ao contrário e pensava muitas vezes que ela era má, que fazia tudo mal, que fazia com que a mãe se chateasse e se zangasse tanto ao ponto de lhe bater da maneira que batia. Deitada ao fundo da sua cama, como que escondida, ela chorava sozinha, sozinha e em silêncio, não podia chorar alto, a mãe não a podia ouvir chorar, se não era pior, muito pior, e ela não queria zangar a mãe novamente…
Do seu estômago saiam estranhos ruídos de fome, mas hoje iria dormir novamente sem comer, estava de castigo e a maneira como a sua mãe a tinha de castigar depois de a espancar era deixá-la trancada no quarto sem comer. E hoje tinha sido um desses dias, estava quase na hora de jantar e Pedro ainda não tinha chegado para jantar, enquanto isso Mariana brincava no seu quarto sozinha com os legos, tinha espalhado o pequeno balde com as peças no seu quarto e aos poucos montava um castelo, quando Rita furiosa entrou no quarto.
-O que estás tu a fazer?
Mariana nem teve tempo de olhar para mãe pois sentiu logo um violento pontapé que elevou o seu frágil corpinho contra o armário do quarto.
- Estas a desarrumar o quarto, eu não te avisei que não queria nada desarrumado? Mas tu fazes de propósito só para eu me zangar contigo não é?
Mariana chorava sem saber o que dizer ou fazer, não compreendia porque a mãe estava assim, aos gritos.
- Não me respondes, és surda é?
Quando tentou abrir a boca para dizer que estava só a brincar e que depois arrumava tudo no seu devido lugar, só conseguiu soltar um grito abafado, pois Rita agarrou-a pelos cabelos e atirou-a para cima da cama, a força que usou foi tanta que Mariana rebolou por cima da cama indo cair chão do outro lado da cama, sentiu o sabor do sangue na sua boca e deixou-se ficar assim, talvez a mãe não lhe fosse bater mais se ela ficasse quieta, e doía-lhe tanto as costelas que mal se conseguia virar.
- Quero isto tudo arrumado e quero-te na cama já, eu já volto para ver se está tudo no seu devido lugar.
Ouviu os passos da mãe a afastarem-se e o som da porta a fechar. Ficou paralisada por uns tempos, até que ganhou forças e se levantou, arrumou os legos, vestiu o pijama e deitou-se como lhe tinham ordenado. Iria ficar à espera que a mãe a chamasse para jantar, mas as horas foram passando e ninguém a tinha chamado nem a mãe e muito menos o pai, mas também não sabia se o pai já tinha chegado a casa.
Pedro chegou já passavam das onze da noite, tinha tido mais trabalho e tinha ficado no escritório até mais tarde, quando chegou a casa pousou a pasta e começou a subir as escadas para ir ao quarto de Mariana como era hábito quando ouviu a voz de Rita.
- Boa noite, isto é que são horas? Sabes a quanto tempo estou à tua espera para jantar?
- Desculpa, tive muito trabalho e nem dei pelas horas passarem.
- Podias ter avisado, não era?
- Já te disse que não dei pelas horas, desculpa. Mas podias ter comido sem mim.
- Sim e eu ia mesmo sentar-me à mesa sozinha.
- Sozinha não, com a Mariana.
- É a mesma coisa.
Pedro não gostava da maneira fria e desinteressada que Rita utilizava para falar da sua filha, mas compreendia a mulher arranjando para ele mesmo a desculpa de que era Rita quem cuidava de Mariana, e sendo Mariana uma criança, compreendia que ela quisesse a companhia de um adulto para conversar ao jantar.
- Bem vou só lá a cima dar um beijinho à Mariana e volto já para baixo.
-Não acredito, chegas a estas horas e ainda me vais fazer esperar mais tempo pelo jantar.
Pedro estava exausto e não queria discutir aquela hora.
- Pronto vamos lá jantar. Depois vou lá acima. Apesar de já não ter fome Pedro esforçou-se e acabou por fazer companhia à mulher e jantou, tomou banho e deitou-se.
Sentia-se demasiado cansado com o trabalho e com as constantes cobranças de horários de Rita, hoje não iria dar um beijinho à filha, para além do mais já era muito tarde e Mariana já estava a dormir, não a iria acordar.
Eram nove horas e Mariana estava a dormir descansada quando de repente sentiu os lençóis a serem bruscamente levantados para trás e ouviu a voz da sua mãe.
- Ainda estas a dormir sua preguiçosa, não sabes que tens escola, és sempre a mesma coisa.
- Desculpa, mãe.
- Desculpa… desculpa…é só isso que sabes dizer.
- Já viste como tens esse lábio? Mariana limitou-se a encolher os ombros.
- Agora vão dizer que eu sou uma má mãe porque tu caíste da cama abaixo e eu não estava atenta. Estou farta que olhem para mim como uma má mãe, tu é que és uma má menina e não fazes o que eu te mando, se fizesses nada disto tinha acontecido.
Mariana estava cheia de dores, mas sabia que não se podia queixar, sentiu uma forte dor lombar quando a mãe lhe arrancou o pijama do corpo, e a dor piorou quando a mãe lhe começou a dar banho com agua fria, queria chorar queria dizer à mãe que ela a estava a magoar, mas sabia que se o fizesse iria ser pior, pois sabia que a mãe não gostava de meninas choronas. Suportou a dor do banho e a dor de ser vestida e penteada à pressa e sem o menor cuidado. Nem sabe como consegui sair do carro e chegar à sua sala de aula, não tinha forças, tinha fome, e doíam-lhe tanto as costas que mal conseguia respirar quanto mais andar.
Sara, a sua professora mal a viu chegar, viu que algo não estava bem com a menina. Mariana estava pálida, encolhida sobre o seu lado direito. Algo tinha acontecido com ela.
- Estás bem Mariana?
- Estou sim senhora professora.
- Porque estás encolhida dessa maneira, tu não estás nada bem, olha-me esse lábio
- É que eu ontem cai das escadas abaixo e magoei-me nas costas e no lábio.
- Deixa-me ver as tuas costas.
O pânico apoderou-se do rosto de Mariana, ela não queria que a professora visse as suas costas, nem o seu corpo, porque iria certamente ver as outras marcas e não iria acreditar que ela tinha caído das escadas.
- Não é preciso eu estou bem, foi só uma coisa pequena.
-Eu insisto Mariana, deixa-me ver.
Começou a levantar a camisola a Mariana, e mal o fez, sentiu um arrepio pelas costas acima, não era possível, não queria acreditar nos que estava a ver, pegou na Mariana ao colo e foi com ela para outra sala, não queria que os restantes alunos vissem o que ela estava a ver.
Fechou a porta sentou a pequena no seu colo e despiu-lhe a camisola por completo, soltou uma lágrima sem querer, era mais forte do que ela, nem queria acreditar no que os seus olhos estavam a ver, era verdade que Mariana faltava muitas vezes à escola e que dizia que estava doente… agora tudo fazia sentido. Aquela menina não tinha caído das escadas, o corpo dela estava coberto de hematomas uns mais antigos e outros recentes. Aquela menina era vítima de maus tratos. Voltou a vesti-la e apertou-a nos seus braços com ternura, uma ternura que Mariana nunca tinha sentido antes.
- Quem te fez isto?
- Ninguém, fui eu que caí, eu sou uma desastrada e caí das escadas.
- Sabes que podes confiar em mim, eu só te quero ajudar.
- A tua mãe levou-te ao médico?
- Não, eu não preciso de ir ao médico, eu estou bem.
- Mariana eu tenho de chamar a tua mãe para ela te levar ao médico, pois eu acho que tu podes ter umas costelas partidas.
Mariana começou a chorar baixinho, A professora não podia fazer isso, não podia chamar a mãe, ela não a ia levar ao médico e ia-lhe bater mais, pois ela tinha sido má e tinha deixado a professora ver as nódoas negras e não tinha mentido bem o suficiente para ela acreditar que ela só tinha caído das escadas abaixo. O choro deixou de ser baixinho e passou a ser um choro descontrolado seguido por um,
- Por favor não.
-Pronto, pronto… Acalma-te, eu não chamo a tua mãe. Mas vou ter de te levar ao hospital, está bem?
- Sim está bem,mas promete que não lhe diz nada, por favor.
- Prometo. Espera aqui só um pouco que eu já venho, está bem? Mariana acenou com a cabeça. Sara foi falar com a Directora da escola, tinha de lhe contar o que tinha visto, não podia sair da escola com uma aluna sem dar uma justificação a alguém. Assim o fez depois de falar com a directora de pegar a sua mala e o contacto telefónico dos pais de Mariana, foi ter com ela e levou-a ao hospital.
As enfermeiras assim que a viram foram logo cuidar dela, deixando Sara sozinha na sala de espera.
Sara rodou para lá e para cá… para lá e para cá, sem saber o que fazer, que podia ela fazer por aquela pobre criança, se fosse pedir justificações aos pais corria o risco de que eles a transferissem para uma outra escola e continuariam com os maus tratos, mas também poderia ser outra pessoa a fazer-lhe aquilo e não os pais. Mas a reacção de Mariana quando ela lhe falou em chamar a mãe não tinha sido uma boa reacção. A enfermeira chamou-a e informou-a que Mariana tinha duas costelas partidas e um hematoma interno, que tinha de ficar internada pelo menos um dia para observações, que o melhor era chamar os pais dela.
Sara não sabia o que fazer… depois de algum tempo a pensar no que seria melhor e na reacção de Mariana ao facto de ela querer chamar a mãe… optou por ligar ao pai.
Pedro quando recebeu a chamada de Sara nem queria acreditar no que a professora lhe estava a contar. Chegou ao hospital e foi falar com a enfermeira, ele queria ver a sua filha, tinha de a ver, tinha de falar com ela, tinha de saber o que se tinha passado. Pois Rita não lhe tinha dito que ela tinha caídos das escadas, não lhe tinha dito nada e ele ontem não a tinha visto, sentia-se culpado por não ter ido ao quarto da filha na noite anterior, mas mesmo que fosse, não tinha visto nada, na maioria das vezes quando lá ia Mariana já estava a dormir. E não queria acreditar no que Sara lhe contara que vira no corpo da sua filha, não podia acreditar que ela estava a ser vitima de maus tratos, não queria acreditar que Rita poderia fazer mal à própria filha, sabia que ela não tinha muito jeito para ser mãe e que tratava a filha com alguma frieza, mas daí a bater-lhe…Não. Não podia ser.
A enfermeira informou Pedro do estado da filha e falou-lhe dos hematomas antigos que tinham encontrado por todo o seu corpo e autorizou que fosse ter com ela.
Pedro cabisbaixo entrou no quarto… Mariana assim que o viu sorriu, um sorriso triste e meigo.
-Desculpa pai.
-Desculpa o quê minha princesa?
- Desculpa por eu ser uma menina má e por te fazer triste.
- Mas tu não és uma menina má, és a melhor menina do mundo.
- Não sou não, a mãe diz que eu sou muito má, e que tu não gostas de mim, e que é por minha causa que nunca vens cedo para casa, para não me teres de ver.
Pedro ficou sem forças, nem queria acreditar no que estava a ouvir da boca daquela pequena e frágil criança. Ganhou coragem e perguntou-lhe.
- Mariana é a tua mãe que te bate, foi a tua mãe que te deixou desta maneira?
Mariana deixou uma lágrima rolar pela sua face…
Não foi preciso mais nada para que Pedro entendesse que sim, que a mulher que amava, que a mãe da sua filha era um monstro sem coração.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O desconhecido assusta.

Ela tentou novamente chegar até aquela linha que separava o seu mundo de uma luz tão intensa como nunca antes tinha visto. Quase todos os dias caminhava na sua direcção, e fazia-o não só pela curiosidade mas também, e principalmente, porque à medida que se aproximava cada vez mais daquela claridade, um sentimento de calma e de bem estar crescia dentro de si, a vontade de sorrir era inexplicável e os seus olhos adquiriam um brilho nunca antes visto nela ou em qualquer pessoa do seu mundo. Porém não conseguia explicar o porquê de se sentir desta forma, apenas sabia que ali era o único local que a fazia sentir assim. Mais uma vez não conseguiu pisar a dita linha, não conseguiu lá chegar, tendo sido empurrada para trás por uma força grandiosa. Parecia que algo guardava toda aquela luz, algo não deixava que ninguém trespassasse a fronteira. Voltou então para o início do caminho e novamente a escuridão desabou sobre a sua cabeça. O sorriso desvaneceu dando lugar a um semblante carregado, a calma e bem-estar deram novamente lugar à solidão, ao grande aperto que sentia todos os dias dentro de si, e os seus olhos escureceram tal como céu, reflectindo tristeza. Olhou novamente para aquele caminho que tentava percorrer todos os dias. Olhou bem lá para o fundo e já não se avistava qualquer réstia de luz. Desde pequena que tentava alcançar aquela luz, mesmo quando todos lhe diziam que aquele era um caminho proibido, que nunca ninguém tinha conseguido percorrer até ao fim. Mesmo assim ela fazia-o todos os dias pois isso concedia-lhe por breves instantes uma felicidade que não conseguia explicar. Os seus receios, inseguranças, desconfianças, tristezas, desapareciam como por milagre, e como era bom... Nesse dia não voltou para casa como sempre fazia. Não, nesse dia não desistiu e tentou mais uma vez. Queria sentir-se novamente daquela forma que sabia tão bem, e só depois voltaria para casa. Começou a caminhar, passo a passo, e a luz começou novamente a ser visível, cada vez mais, e quando voltou a sentir a tal tranquilidade, a força que sempre a empurrava para trás começou a surgir. Nesse preciso momento ouviu uma voz, vinha na direcção da luz, mas não conseguia ver quem era, os seus olhos não conseguiam habituar-se a tanta claridade e tendiam a fechar.
- Ei! Tu aí!!! Segura a minha mão... Disse a voz num tom doce.
- O quê? Quem és tu? Não te consigo ver! Disse ela tentando lutar contra a força que a empurrava para trás, semicerrando os olhos que já ardiam.
- Tenta abrir mais os olhos, só tens que habituar-te à claridade, consegues se o fizeres aos poucos. Agora dá-me a mão antes que seja tarde de mais!
Ela começou a ver uma sombra com a forma de uma figura humana. Aos poucos foi-se tornando mais nítido e viu um rapaz, debruçado sobre a linha que para ela era intocável, envergando um sorriso sincero, os olhos brilhavam quase tanto como a luz que surgia por de trás dele, e a sua mão direita estava estendida na direcção da rapariga.
- Ei!! Vá lá!! Dá-me a tua mão!! Disse esticando-se mais um pouco para a alcançar.
- Mas quem és tu? Eu não te conheço...como hei-de confiar em ti?
-Esse é o vosso problema...não confiam em ninguém, essa vossa insegurança...sempre com os dois pés atrás por precaução. É por isso que não conseguem cá chegar.
- O nosso problema? Problema de quem? Chegar onde?
- O problema de quem vive aí nesse mundo. Nessa escuridão total onde nunca se vê a luz do sol, onde estão sempre tristes, onde por mais família que tenham, andam sempre isolados, esse é o teu mundo. Mas dás-me a mão ou não? Disse o rapaz já a ficar impaciente.
- Espera! Hum...Quer dizer que desse lado as coisas não são assim?
- Claro que não! Se tantas vezes tentas aqui chegar por alguma razão é, certo?
- Sim, sinto-me bem aqui... - Então vem comigo! Tens um sorriso lindo, sabias? É um desperdício as pessoas não o poderem ver. Disse o rapaz piscando-lhe o olho.
- Mas eu não consigo! Quando chego até aqui há sempre esta força que me empurra para trás, nunca consigo ir mais além!
- A essa força chama-se Medo. É isso que te empurra para trás. Por mais que te sintas bem a percorrer este caminho, por mais que queiras alcançar esta linha, passar para o lado de cá onde sabes que te sentes tão bem, tens medo...tens medo de tentar, tens medo de mudar, tens medo de lutar...por isso voltas sempre para trás. És tu própria que não te deixas seguir em frente.
Ela ficou a pensar nas palavras daquele rapaz. Teria ele razão? Faziam aquelas palavras algum sentido? Começava a ficar exausta, não aguentava mais aquela força, em poucos segundos iria ceder e voltar novamente para trás. O medo...tinha medo de tentar, tinha medo de mudar...ele tinha razão!! A força venceu e ela escorregou, caindo no chão. Ao mesmo tempo esticou o braço e tentou desesperadamente agarrar a mão do rapaz que continuava à sua espera. Ele agarrou-a fortemente, puxando-a para cima. Ajudou-a a passar sobre a linha que separava os dois mundos, o mundo da solidão e o mundo da felicidade. Repentinamente uma onda de luz invadiu-a e fê-la sentir-se como nunca antes se tinha sentido. Desejou que aquele momento não mais acabasse. Queria sentir-se assim para todo o sempre. - Já te disse que tens um sorriso lindo? – Disse o rapaz sentando-se ao seu lado, enquanto contemplavam o campo colorido de diversas flores que se avistava à sua frente.
- Já... bem...nunca ninguém me tinha dito isso antes. Disse começando a corar.
- Talvez porque nunca ninguém teve o prazer de ver esse teu sorriso tão espontâneo.
- Obrigada...e quem és tu?
- Eu? Ora bem...ajudei-te a ultrapassar o teu medo de tentar, de mudar, certo?
- Sim...
- Se o fizeste suponho que confias pelo menos um pouco em mim, certo?
- Sim...
- Dei-te a mão e não te deixei cair, certo?
- É verdade... - Então podes chamar-me de Amigo....

...Burros...bem albardados!!!...

...em todos os locais, maiores ou menores, convencidos ou não, sós ou em grupo, há burros pobres de espírito, idiotas, chalados que, por falta de carácter, de personalidade, se deixam levar na onda, na onda das aparências, das vaidades sem significado, pela cabeça de outros, de terceiros, os mal intencionados, os aproveitadores, os que, com objectivos precisos, os utilizam como verdadeiros jumentos, asnos ou burros de pasmar, albardando-os, consoante o gosto e a soberana vontade dessas excelências, os que se aproveitam deles, os que os convencem, os que os levam para onde querem, submissamente porque, de vaidosos assumidos, se convencem, pobres jumentos: - Vamos todos convencidos muito assumidos, vaidosos com uns trapos, produzidos que mostramos, orgulhosos esquecendo, por uns momentos que o de dentro é que interessa tal como os pobres jumentos que, há muito, não vão nessa pois sabem, e com razão que albardados a preceito não deixam de ser o que são um burro ou burros, maravilhados consigo, com o seu bem estar por se verem bem albardados continuando a ser burros aparentemente afastados das estrebarias, dos seus currais!... ...não sejam burros, assumam-se como são, identifiquem-se convosco próprios pois, todos, todos sem excepção, temos mais valias que não aproveitamos devidamente...minimizamo-nos e, muitas das vezes, deixamo-nos arrastar, como os burros...rebelem-se e, ponham de parte, a história dos insignificantes e vulgares. Não queiram ser burros...dêem uma valente patada, (como os humanos) e não, uma parelha de coices, (como os burros)...atirem a albarda ao chão...mandem-nos à fava...sejam homens e mulheres com letras maiúsculas, de verdade, para o bem de vocês mesmos...

Sei o que quero e porque quero.

 Quero-te por aquilo que és,
Por aquilo que não és,
Por aquilo que vais ser,
Quero-te porque acredito,
Porque sei que posso acreditar,
Porque vais tentar não me desiludir,
Porque eu vou tentar não desiludir,
Quero-te por tudo o que significas ,
Por tudo o que te tornas-te,
Porque já não sei viver sem ti,
Quero-te pelo teu sorriso,
Por alegrares os meus dias,
Porque só tu me trazes paz ,
Quero-te por tudo Pelo teu cheiro que me persegue todo o dia,
Porque a tua presença me faz bem ,
Quero-te pela tua luz Porque quando chegas, tudo começa,
Porque quando vais nada mais interessa.
Quero-te pela tua alegria,
Por tudo o que me trazes.
Porque os meus sonhos estão em ti...
Quero-te pela tua calma ,
Por saberes cuidar de mim,
Porque só tu lês o meu pensamento,
Quero-te pela tua vida ,
Por ter a certeza...
Que sem ela a minha não é nada.