terça-feira, 7 de julho de 2009

Adeus Michael.

Acho esta musica linda, como não posso por o vídeo, aqui fica o link: http://www.youtube.com/watch?v=CtmbZbzr680 Morreu Michael Jackson. Morreu Michael Jackson. Morreu Michael Jackson. Continuo sem acreditar. E só hoje que é o funeral dele é que caiu em mim. Morreu Michael Jackson. Jackson tinha apenas 4/ 5 anos quando começou a cantar e é claro que eu não me lembro dos Jacksons five, pois antes de eu nascer já ele era uma estrela, cantando e dançando em cima dos palcos. Durante anos, ao lado dos irmãos trilhou o caminho do sucesso, sempre debaixo da rédea curta e chicote paterno. Michael Jackson foi adulto a partir do momento em que nasceu. Não é de estranhar que quando no final dos anos 70 se emancipou económica e artisticamente, quisesse ser aquilo que a sua família lhe negou. Uma infância e uma juventude normal, Não me admira que vivesse num parque de diversões infantis, não me admira que fizesse mil e uma plásticas para se manter "jovem", não me admira que quisesse ser "branco", pois "preto" era o seu pai tirano; E embora muitos o acusem e lhe apontem o dedo o facto é que nunca ficou provado que ele era pedófilo, para mim tudo não passou de um esquema para lhe extorquir dinheiro. Eu não acredito que fosse pedófilo, acho apenas que queria estar rodeado de crianças, pois apesar da sua idade ele era, sem qualquer margem para dúvidas a mais criança de todas as crianças. E se queria ajudar criança pois tinha possibilidades para tal, porque não??? Acho que a humanidade começa a ver maldade em todo o lado e acaba por não saber distingui o certo do errado. O lógico do não lógico. E acredito que a morte dele foi provocada por ele mesmo, porque depois de adiar por diversas vezes os espectáculos em Londres e depois se ser publicado que o seu estado de saúde era debilitado, eu acho que ele preferiu que nós nos recordássemos dele como um Rei, o Rei da Pop e não como um fracasso, pois não acredito que ele conseguisse fazer um espectáculo em palco como o fazia dantes. Só tenho pena de nunca ter tido a oportunidade de o ver ao vivo, mas fico com boas recordações do quanto me diverti ao som das suas musicas e quantas vezes eu e a minha prima ensaiamos , sem nenhum sucesso as musicas do Thriller. Espero que encontres agora a paz que em vivo nunca tiveste. 1958-2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A Tempestade

O vento sopra lá fora fortemente, tão forte que faz com que as ondas rebentem junto ao pontão, com tamanha violência que parecem trovões a rebentar, o som é tão forte que abafa os outros sons. Penso porque será que está zangado ou revoltado para soprar com tamanha ira e força. A luz à muito que já faltou e no meio desta escuridão, somente a luz de uma pobre vela ilumina este imenso quarto frio e solitário. Afasto-me vagarosamente da janela, a noite já vai alta e eu não consigo dormir, tenho passado a noite a caminhar por entre a sala e o quarto, na esperança de encontrar algo ou alguém, pois sinto uma estranha presença em meu redor, nada que me assuste bem pelo contrario até me trás uma certa calma, uma calma que já não sentia à muito. Sento-me na beira da minha cama e vejo a que julgo ser a minha imagem reflectida no espelho. Sinto-me cansada, sozinha, apagada, tão apagada quanto este quarto velho. Comos os anos passaram e eu nem dei conta deles, não reconheço a minha imagem, pois a imagem que guardo de mim é outra completamente diferente desta que o espelho teima em me mostrar. Não recordo o meu cabelo branco mas sim negro como as penas de um corvo, não recordo esta pele pálida e enrugada, mas sim uma morena e lisa, não reconheço este corpo curvado e desfigurado, mas sim um esbelto. Quem é aquela ali afinal? Sou eu, sou um eu que teimo em não querer ver, sou um eu que prefere manter uma imagem antiga guardada do que a aceitar a realidade dos anos. Acho que deve ser assim quando chega a velhice e não se quer aceitar que chegou o fim, não se quer aceitar que fomos derrotadas numa guerra contra o tempo. Sinto um arrepio na nuca, um vento suave e frio, como o respirar de alguém por detrás de nós. Sabe bem, deixo-me estar assim quieta agora deitada sobre a minha cama a sentir este suave e calmo respirar. Sinto-te chegar devagar… tão devagar que mal dou por ti, mas sei que estás aqui. Não és cruel como te descrevem em tantos livros e como te fazem transparecer em tantos filmes, pelo contrário, és meiga e cuidadosa. Embalas-me nos teus braços suavemente e aconchegas-me no teu peito, eu sabia que não estava sozinha esta noite. Aos poucos deixo-me adormecer com um sorriso nos lábios, e deixo que me leves sem oferecer resistência, sei que de nada vale tentar resistir e também sei que chegou a minha hora de partir, e quero que saibam que parto a sorrir.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Hurray!

Uns reclamam dos patrões, outros do trabalho e outros dos empregos. Eu então estou mortinha por aturar o mau feitio do meu Ex futuro patrão. Sim… sim… e não estou a ser irónica mas sincera, finalmente já estou a trabalhar, e dai esta minha ausência por aqui. Por isso sorry a todos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Porque me apetece.

O sushi é um prato de origem desconhecida mas que se popularizou a partir da culinária japonesa. É constituído à base de arroz e recheado com peixe, frutos do mar, vegetais, frutas ou ovo. A cobertura pode ser crua, cozida ou marinada; e pode ser servido sobre uma tigela de arroz, enrolado numa tira de alga marinha seca, em bolinhos de arroz feitos manualmente, ou recheado numa pequena bolsa de tofu seco. Muitos poderão achar repugnante o facto de se comer peixe cru, mas garanto que é seguro, é uma experiência diferente e o sabor é fantástico! Além do mais, costuma dizer-se que comemos primeiro com os olhos...e a apresentação é sempre muito colorida e brilhante! A primeira vez que experimentei fiquei logo entusiasmado, se bem que estranhei o sabor. É que estamos habituados a comer algumas daquelas coisas apenas cozinhadas... A quem nunca experimentou, experimente (mas com alguém que já conheça...) e vai ver que gosta! Conheço alguém que dizia que jamais comeria peixe cru e agora que experimentou não quer outra coisa… E porque hoje me apetece Sushi vai ser o jantar… acho que é daquelas coisas que só fosse mais baratuxo comeria todos os dias…

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Che Herói? Ou nem por isso…

Aviso já que não sou nem de direita nem de esquerda, nem de politica nenhuma... De politica não falo, nem me atrevo a comentar porque é um assunto que me ultrapassa e pelo qual não demonstro grande ou nenhum interesse... Aviso também que não quero criar guerras nem discutir qualquer tipo de politicas e não vou admitir que me acusem do que quer que seja, e claro como pessoa que sou vou respeitar toda e qualquer opinião que dêem, assim como gosto que respeitem as minhas. Vivemos num pais livre e no qual cada um pode dizer o que pensa... e ainda bem que assim é. Isto porque: Olho para os jovens de hoje e penso, mas que raio vêem eles numa figura controversa, que continua a ser idolatrada por milhares em todo o mundo. Mas quem foi Che Guevara, e porque razão continua a ser visto por muitos adolescentes como um Deus? Ou um santo como muitos lhe chamam. Che Guevara foi um assassino frio e cruel, responsável por incontáveis mortes, que lutava por um mundo submisso ao Comunismo. Muitas vezes assistia às execuções sumárias levadas a cabo por sua ordem enquanto fumava charuto, outras ele próprio executava os assassinatos com as suas próprias mãos e nos dias de hoje é considerado um santo. Não me cabe na cabeça como é que este “homem” que para mim é um repugnante homicida ( como todos os homicidas são repugnantes) converteu-se num ídolo para milhares de adolescentes. Como explicar tal facto? Só posso dizer que lhes andara a ser feitas lavagens cerebrais gratuitas pelos simpatizantes de Che Guevara, mas isso não explica tudo. Eu gostaria de saber ou de encontrar a razão pela qual eles idolatram Che Guevara e não qualquer outro serial killer. Será a razão a fotogenia de Che Guevara patenteada na sua mundialmente famosa fotografia, tirada por Korda em 1960??? Imagem essa que é a mais comercializada e mais conhecida depois de Jesus Cristo. A sua fotogenia associada a uma aura de mistério de alguém que quer mudar o mundo é suficiente para exercer um fascínio irresistível sobre adolescentes. Será que quem o têm como ídolo conhece toda a sua história de mortes... ou será que todas as mortes se justificam uma vez que era para atingir um objectivo... então todos os assassinos têm uma desculpa, pois todos os que matam, matam para atingir algo. Mas ninguém pode descrever Che Guevara melhor que ele próprio: (Estas frases não foram escritas por mim e basta um clic no Google para poderem verificar). "Disparei uma bala de calibre 32 contra o hemisfério direito do seu cérebro que saiu pela têmpora esquerda. Ele gemeu por uns momentos e depois morreu." Esta é a fria descrição feita por Ernesto Guevara do momento em que executou Eutimio Guerra, um camponês que servia de guia aos "barbudos" na Sierra Maestra. “Estou na selva cubana, vivo e sedento de sangue.” Carta à esposa, Hilda Gadea, em janeiro de 1957 "Fuzilamos e seguiremos fuzilando enquanto for necessário. Nossa luta é uma luta até à morte.” Discurso na Assembléia-Geral da ONU, em 11 de dezembro de 1964 “O ódio intransigente ao inimigo (…) converte (o combatente) em uma efectiva, selectiva e fria máquina de matar. Nossos soldados têm de ser assim.” Revista cubana Tricontinental, em maio de 1967. Não defendo assassinos ou responsáveis por assassínios, seja lá qual for a sua causa. Na minha opinião, todos temos o direito as diferentes escolhas e opiniões seja em que aspectos for. E como estas há muitas, mas não vale a pena continuar... Che Herói? Ou nem por isso…

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Taras e manias

Taras e manias...ou paixões... Chamem-lhes o que quiserem... Cada um têm as suas e eu tenho as minhas. Para além das Borboletas e do Purple, são muitas as que tenho, não fosse eu mulher. O que me faz perder a cabeça são os sapatos, de salto alto claro... acho que foi a melhor coisa que inventaram, não só para quem é mais baixinho poder ser, mesmo que por pouco tempo, mais alto... mas porque qualquer mulher de saltos ficam mais elegantes e sentem-se mais elegantes, mas isto nos pezinhos de quem sabe andar de saltos, se não o resultado é uma lástima ou uma boa gargalhada de quem assiste. E é claro para se ser bela tem de se sofrer e que digam os nossos pezinhos, depois de andar um dia inteiro em cima de saltos de 10cm. Outra paixão são os espartilhos, que quem acha que isso soa a coisas como lingerie ou roupa interior que tire dai o cavalinho da chuva, pois os espartilhos usam-se como peças de roupa que ficam bem até com uma simples calça de ganga, e ainda ajuda a ter uma silhueta mais elegante. Claro que uma vez mais não é para todas, pois é uma das peças mais caras que conheço, mesmo não sendo de marca, pois para assentarem bem, só mesmo feito por encomenda e a nossa medida.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Virgem... ser ou não ser... eis a questão.

Virgem... ser ou não ser... eis a questão. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades... Ser virgem no passado era uma virtude, agora parece que virou uma vergonha... E para algumas até um negócio, e pelo que se ouviu falar da última que leiloou a sua virgindade...foi um excelente negócio... Mas isso não são coisas para Portuguesas... Bem mas onde eu queria chegar. Ao Clube das Virgens... http://clubedasvirgens.blogspot.com/ Para quem não sabia aqui fica a noticia... É que isto teve direito a uma página inteira hoje no correio da manhã. E tudo porque a criadora de tal clube a Margarida Menezes de 26 anos, não conseguiu uma única inscrição no seu clube, clube este que já existe à um ano... Diz ela que “ as mulheres Portuguesas têm vergonha de assumirem a virgindade”... Portugal tem um clube de virgens com deveres e direitos e com cartão de sócias e tudo... E mais, não tem fins lucrativos e visa a união e convívio de todas as mulheres que fizeram a opção de o serem...ou neste caso de continuarem a ser... Mas depois mais à frente pode-se ler o que pretende ou se pode fazer neste clube. E uma delas é a angariação de fundos para instituições de Solidariedade Social e ajuda Humanitária. Organizando desfiles e Miss clube das virgens... Ah... e se entretanto deixarem de ser virgens são expulsas do clube. Já estou a imaginar as virgens todas a mostrar o cartãozinho de sócias como se fosse de um clube de futebol ou coisa assim, será que esse cartão da descontos... se der será em quê??? Em filmes porno... ( bem agora estou a ser mazinha). Bem o que eu acho é que estamos na era da palhaçada e isto é mais uma palhaçada...ou uma maneira de centrar as atenções em si... talvez agora que já tem a atenção que queria... organize um leilão como a outra... Pois será que ser virgem é alguma doença que tenhamos de divulgar aos sete ventos, ou não ser virgem é uma doença ainda pior e por isso há que apelar às virgens deste país? Se ela pensa que para uma mulher ser virgem é apenas um acto físico de rompimento do hímen, está muito, mas muito enganada e a reduzir a tão pouco o assunto! Pois existem muitas mulheres que perdem o hímen a andar de cavalo ou de bicicleta... será que essas já não são virgens?? E será que aquelas que nunca tiveram relações sexuais físicas mas que passam a vida a ver filmes porno e utilizar a masturbação, continuam virgens??? De certa forma acho piada aos que afirmam que sexo se banalizou na sociedade, como se deixasse de ser bom e benéfico por ser banal. E se for? E depois? Ver televisão é banal, jogar futebol é banal, comer gelado em dias de grande calor é banal... e depois? Deixa de ser bom? Perde o valor? Vamos deixar de fazer coisas porque os outros também fazem e de repente "é banal"? Por favor, eu respeito as escolhas individuais de cada um e sem julgamentos, não venham é fazer a apologia da castidade e dessas tretas só porque o contrário é ser banal e queremos ser diferentes. O que é que interessa o que os outros fazem? Olhem mais para vocês próprios... Bem fica para quem estiver interessado que nos dias de hoje ainda se vendem cintos de castidadehttp://www.lojavirtualsegura.com.br/lojas.asp?... Se calhar vou sugerir a esta menina... para o caso de ela cair em tentações.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Influências

Acreditamos que a influência gerada pelas pessoas, ambiente, cultura, etc. forma cada ser humano existente neste planeta. A troca de pensamentos e ideias é uma óptima maneira para nos influenciar. Todos temos pensamentos e queremos influenciar outros seres humanos com objectivos variados, mesmo que estejam a pensar, eu não, no íntimo sabem que isso não é verdade. Mas por vezes nem damos conta do tamanho da influência que exercemos sobre os outros, e por vezes essa influência nem é pela positiva, mas sim, deixa-nos marcados pela negativa. Por vezes quem influencia nem dá conta do que fez, pois já o faz de forma natural... Ou será de forma premeditada??? Agora fiquei sem resposta... Mas sem resposta fica também o influenciador quando constatado com o facto ou pergunta sobre o motivo por que influenciou tal ou tais pessoas. A resposta regra geral é: -Eu não influenciei ninguém...Cada um pensa com a sua cabeça... Mas a verdade, é que atrás dele já vai uma carreirinha/ filinha de influenciados, que discutem e apoiam a ideia do influenciador com unhas e dentes, como se da sua própria ideia se tratasse... Mas como a ideia ou o pensamento não foram deles, perdem-se pelo caminho, chegando mesmo a perder a razão, ou ficando completamente cegos e surdos... E então pensam que são senhores e donos da razão, esquecendo até aqueles por quem já tinham uma empatia ou amizade só por esses não se deixarem influenciar ou por esses não acreditarem nas mesmas ideias ou ideais que outros defendem afincadamente. E enquanto isso acontece o Influenciador é o centro das atenções pois conseguiu moldar uns tantos a sua ideia, anda feliz e contente achando-se o maior dos maiores, o génio das ideias enquanto os de mente fraca (ou dementes) ou de fracas opiniões se atacam ou atacam os que os rodeiam e defendem a brilhante ideia... sem se aperceberem que só foram usados para atrair atenções sobre o influenciador. Será que não se pode ter ideias diferentes sem se ser julgado??? Será que só porque defendemos uma ideia, temos de nos achar como senhores e donos da razão??? Será que por não conseguirmos que as pessoas adiram à nossa causa, o melhor é terminar o relacionamento??? Será que o melhor é criticar tudo e todo o que vai contra o influenciador??? E eu a pensar que já vivia no mundo dos adultos, mas chego a conclusão a cada dia que passa, que só convivo com crianças, que se zangam e chateiam e chegam a fazer birras porque um dos colegas não quer jogar à macaca... Butterfly_purple.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sugestão de leitura.

Ok... Eu confesso que sou uma papa livros. Este foi outro livro que definitivamente me surpreendeu pela positiva. O Salão Dourado - Rebecca Kohn Sinopse "A história bíblica da Raínha Ester — cuja beleza apenas era igualada pela sua sabedoria — inspirou as mulheres ao longo de séculos. Capturando as paixões e o perigo da política que tornaram o legado de Ester tão intemporal, O Salão Dourado revela uma pesquisa meticulosa e leva-nos às profundesas do império persa. Órfã e aterrorizada, Ester começa uma nova vida com o seu primo, um homem bem posicionado na corte, a quem está prometida. Mas é na luxúria do harém real que se transforma em mulher. Ester conquista o que procura: o coração do Rei Xerxes e a libertação do seu povo. Mas a sua ascenção ao trono tem um preço: terá que voltar as costas a tudo o que alguma vez desejou, e entregar o corpo a um homem que nunca amará. O Salão Dourado ilumina de forma assombrosa um dilema épico entre os desejos do coração de uma mulher e as obrigações impostas pelo seu destino. No caso de Ester, a escolha faz história... e uma leitura inesquecível." * Opinião Li-o praticamente "num sopro". A Leitura é bastante agradável e fluída e a personagem principal, Ester, é muito bem explorada, sendo dado a conhecer ao leitor, todas as suas batalhas interiores sobre o comportamento que deveria ter enquanto judia (facto ocultado) e o que tinha. Outro dos grandes conflitos interiores desta mulher era o seu amor imaculado pelo primo, que deveria se ter tornado seu marido não fosse o precipitar de vários acontecimentos e o ter estado no local errado à hora errada, e o desejo carnal que sente pelo rei Xerxes. Este livro demonstra também muito bem as dinâmicas complexas da vivência numa corte, quer a nível do poder disputado pelos homens, quer a nível da vontade das mulheres de ascenderem à posição de favoritas junto do rei. A história é a de uma personagem feminina muito forte, não tanto pela sua personalidade mas mais pela sua astúcia e inteligência, que consegue alterar o rumo da história, mesmo sendo mulher, o que é seria quase sinónimo de peça de exposição e objecto de prazer no império Persa. Muito bommmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.

Sugestão de leitura.

A Beleza de Todas Nós - Katherine Center A vida de Lanie Coate entrou numa espiral incontrolável. Depois de quinze anos casada, três filhos e mais quilos do que ela está disposta a contar, deseja desesperadamente voltar a ser quem era. Chegou o momento de se erguer e de reencontrar a mulher que foi antes do seu papel de mãe lhe ter abarcado toda a existência. Lanie entra em acção: inscreve-se num ginásio e num curso de fotografia e descobre uma nova amiga em Amanda, uma mulher espirituosa. No final, tem de concluir de uma vez por todas como há-de reencontrar-se sem perder tudo o que tem. A Beleza é de Todas Nós, de Katherine Center, é um romance divertido, pungente e encantador acerca do que acontece depois do «felizes para sempre». A história de uma mulher que aprende a apaixonar-se pelo marido, e pela sua vida, uma vez mais. Opinião. A capa é muito gira mas por incrível que pareça não encontrei nenhuma capa da versão portuguesa… pois só saiu para o mercado no dia 9 de Abril. Gostei imenso porque é uma história que vimos no dia a dia e podia ser a história de qualquer uma de nós mulheres. De leitura fácil e fluente.

Histórias.

Histórias quem não têm a sua? São tantos os pedaços de momentos, pedaços de vivências que fazem as nossas histórias. Umas felizes e outras tristes, mas todos eles formam a nossa, e de que valem as nossas histórias se não forem partilhadas? De que valem as linhas que cruzamos ou as regras que quebramos se não existir por trás uma razão? Quase tudo se resume ao amor. E o amor, o amor tem tantas formas! Alguém que nos faz sentir muito quando nos sentimos nada. E ao nosso redor tanto que dizem conhecer-nos quando nada sabem de nós. Não conhecem a história, não sabem o que nos acelera o bater do peito, o que nos causa borboletas no estômago. Os amigos que nos tomam como abençoados e nem sempre sabem ouvir para saber a confusão dentro de nós porque não têm tempo para nos conhecer de verdade. Sim, com certeza fomos feitos para alguém, eu já encontrei o meu alguém, e juntos formamos mais um pedaço da nossa historia tanto individual como conjunta. Serão todas as histórias iguais? Possivelmente…Sim. Possivelmente…Não. Andamos tão atarefados com outras coisas e outras histórias, que por vezes esquecemos da nossa história e a nossa história deveria ser a única a ser lembrada por nós mesmos.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Espécimes masculinos

Existem dias assim, em que como não tenho nada parta fazer de concreto, ponho-me a observar e a pensar... e quando mais observo,mais penso... e mas incrédula fico... Não é espantada, pois já nada me espanta, mas existem coisas que me preocupam, e quando mais observo mais preocupada fico... Isto porque tenho uma filha... e cada vez está mais crescida, não é fácil e só de imaginar... que daqui a mais uns anos... pode-me aparecer um “Chavalo” de mota... a sacar de umas cavaladas para dar show à vizinhança! Ou um tunning todo armadilhado com a musica em altos berros... (credo só de pensar nisso até tremo!) Bem isto deve-se a ao facto das tendências que vou observando por ai e que confesso achar algumas assustadoras! Terrivelmente assustadoras. Vou tentar identificar por partes ou por grupos, como queriam chamar, estas novas tendências másculas... Primeiro temos os “ putos morangos com açúcar, betinho” Com uma franja tão grande... que mal se vê a cara... com sorte conseguimos ver um olho! Mas como o ditado já o diz, em terra de cego quem tem olho é Rei. Esta “espécie” de homem/miúdo é delicada, por vezes “florzinha”, veste a bela da marca Tommy,Gant ou Lacoste... o belo do sapatinho de vela daquele muito fininho tipo mocassin, mas de marca claro... e que ao fim de um tempo cada sapato adquire “abertura” suficiente para calçar dois pés..(experimentem reparar na forma de andar desta espécie!).. Geralmente dão nas vistas porque conseguem a proeza de sair à noite no Jipe da Mãe ou no BMW do Pai! Há alguns que conseguem uma proeza ainda maior: a de ter como 1º carro um “básico” BMW para as suas voltas de casa à Faculdade! Mas atenção são poupados... cravam sempre o amigo com que saem... com a desculpa “vá lá para a próxima pago eu!” Mas realidade são uns tesos patrocinados pelos paizinhos. Depois temos os “ tunings” e em que há dois acessórios que nunca podem faltar: o boné e o brinquinho brilhante ou o piercing no sobrolho. Em geral, vestem-se de uma maneira bem fácil de se identificar... roupa bastante larga ... e calças de cintura descida, em que se tiverem o azar de ter um furo, dada a posição de resolução do dito (furo claro) somos presenteados com aquele cenário “lindo” de se lhe ver o “rego”). Estes “espécimens” têm por hábito estragar os carros de uma maneira que até dói,colocam Ailerons e outras coisas que eu nem sei o nome, e por vezes colocam aqueles autocolantes enormes com a marca do carro (cromos liga com autocolantes né? Tá explicado! ). A música no carro quer-se sempre bem alta, até porque eles investem muito no material de som! Acho que devem colocar aquelas luzinhas azuis na frente dos carros porque o grande sonho seria conduzirem um carro do INEM ou serem bombeiros não? Não esquecendo que esta especie tem sempre um belo animal de estimação, ou pitt bull ou doberman... têm de ser parecidos com os donos. Temos também os “Lovers-da-night”. Em geral, frequentam discotecas conhecidas. Usam t-shirts colantes de marcas como Dolce Gabbana ou Emporio Armani. Mas, atenção estas têm de ter letras bem grandes à frente ou com o simbolo da marca em tamanho XXL. Para que todos saibam de que marca é. Sem isso nada feito. É importante referir que esta espécie passa a semana a exercitar-se em ginásios, para no fim-de-semana exibir a sua musculatura, perante as meninas que se rebolam até ao chão, por essas discotecas fora. Sim, são sempre moços musculados. Assim desviam a atenção para o corpo e fazem esquecer que o cérbero é bem reduzido... Ah e atenção à depilação que é para esta espécie um top prioritário nas suas agendas! Temos ainda os do “estilo provinciano”. São aqueles que ouvem Tony Carreira. Em geral, passeiam-se em carros cheios de bonecos pendurados no espelho retrovisor. Esta espécie não sai à noite, a não ser para o café do central lá do bairro ou para os bailes das festas da aldeia. Casam cedo e casam sempre com as tais que enchem os pavilhões para ver o seu ídolo - Tony Carreira. O domingo é o dia obrigatório para o célebre passeio no Centro Comercial, porque o que está a dar é entupir as filas de acesso aos Centros Comerciais! Não nos podemos esquecer dos peluches estrategicamente colocados na prateleira do vidro traseiro! Possivelmente ofertas da namorada. E e para completar o cenário, não me posso esquecer que temos os espécimes “foleiros-ricos”. Que em muito se parecem com os ”Lovers-da-night”. As grandes referências desse estilo são o Cristiano Ronaldo e o Quaresma. São pessoas com muito dinheiro. Que gastam balúrdios em roupa e cosméticos. Mas que ficam eternamente com aquele estilo tão... tão foleiro. Coleccionam carros mas são pouco dados a diversificação nos gostos... compram todos os mesmos... lá vão mudando a cor . Vibram com mulheres de aspecto “ordinário”, de preferência com mamas grandes, longos cabelos loiros e com “longos” portfólios em calendários de uma marca qualquer conhecida! Lembram-se de mais alguns? Aceito sugestões. PS: Fica a advertência que com este post não quero ridicularizar ninguém, nem tão pouco dizer que selecciono aqueles com quem me relaciono! Mas apenas comentar humoristicamente alguma da realidade com que me deparo no dia a dia. Acho que muitas pessoas não são elas próprias, mas sim autênticas cópias baratas de outras... e muitas vezes nem vêm no ridículo em que caiem!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Uma só lágrima pode querer dizer tudo

Rita era uma mulher bonita e elegante, tinha conhecido Pedro na faculdade mal acabaram de se formar tinham casado, viviam felizes e apesar de Pedro passar a vida a falar em filhos, Rita nunca os quisera, mas para fazer a vontade de Pedro tinha engravidado, na esperança que nascesse um rapaz, mas tinha nascido uma menina, uma linda menina e desde que ela nascera que Pedro a via como a menina dos olhos dele, ele mimava-a muito, aos poucos Rita foi ficando com ciúmes da maneira como Pedro tratava a filha, sempre com um mimo, sempre com presentes para a pequena e esquecendo-se dela.
O casamento começava a detiorar-se e Rita culpava a filha por isso, pois desde que ela nascera que Pedro trabalhava mais para fazer frente as despesas, e sempre que chegava tarde era ao quarto da filha que ele se dirigia primeiro, sempre com algo para tentar compensar a sua ausência durante o dia. Pedro chegava a casa demasiado cansado para dar atenção à esposa, ou aos pequenos pormenores que iam aparecendo, via as nódoas negras de Mariana e quando a questionava sobre o que tinha acontecido ela dizia sempre que tinha caído ou que se tinha magoado na escola, não queria contar ao pai que era uma menina má e que se tinha portado tão mal ao ponto de a mãe lhe bater para que ela não voltasse a fazer o mesmo. Pedro não achava muito normal Mariana andar sempre assim, mas como era uma criança e como as crianças nunca estavam quietas era bem possível que no meio das brincadeiras com as amigas ela se tivesse magoado.
Mariana tinha um ar tão frágil, um corpo tão magro e pequeno, uma pele branca como a neve e uns olhos tão azuis como o céu, mas rodeados por umas olheiras tão profundas. Profundas demais para uma menina de cinco anos e um rosto amargurado, como se já tivesse vivido vinte anos… raramente falava na presença de estranhos, e nunca se portava como uma criança normal para a sua idade, parecia uma adulta presa num corpo de criança.
Os poucos anos que tinha, levaram-na levado a crescer rapidamente, apesar de não entender o porquê, depressa aprendeu como agir para que nada corresse mal. Não queria ser uma má menina e nem queria voltar a aborrecer a mãe. Mas por mais que se esforçasse fazia sempre tudo ao contrário e pensava muitas vezes que ela era má, que fazia tudo mal, que fazia com que a mãe se chateasse e se zangasse tanto ao ponto de lhe bater da maneira que batia. Deitada ao fundo da sua cama, como que escondida, ela chorava sozinha, sozinha e em silêncio, não podia chorar alto, a mãe não a podia ouvir chorar, se não era pior, muito pior, e ela não queria zangar a mãe novamente…
Do seu estômago saiam estranhos ruídos de fome, mas hoje iria dormir novamente sem comer, estava de castigo e a maneira como a sua mãe a tinha de castigar depois de a espancar era deixá-la trancada no quarto sem comer. E hoje tinha sido um desses dias, estava quase na hora de jantar e Pedro ainda não tinha chegado para jantar, enquanto isso Mariana brincava no seu quarto sozinha com os legos, tinha espalhado o pequeno balde com as peças no seu quarto e aos poucos montava um castelo, quando Rita furiosa entrou no quarto.
-O que estás tu a fazer?
Mariana nem teve tempo de olhar para mãe pois sentiu logo um violento pontapé que elevou o seu frágil corpinho contra o armário do quarto.
- Estas a desarrumar o quarto, eu não te avisei que não queria nada desarrumado? Mas tu fazes de propósito só para eu me zangar contigo não é?
Mariana chorava sem saber o que dizer ou fazer, não compreendia porque a mãe estava assim, aos gritos.
- Não me respondes, és surda é?
Quando tentou abrir a boca para dizer que estava só a brincar e que depois arrumava tudo no seu devido lugar, só conseguiu soltar um grito abafado, pois Rita agarrou-a pelos cabelos e atirou-a para cima da cama, a força que usou foi tanta que Mariana rebolou por cima da cama indo cair chão do outro lado da cama, sentiu o sabor do sangue na sua boca e deixou-se ficar assim, talvez a mãe não lhe fosse bater mais se ela ficasse quieta, e doía-lhe tanto as costelas que mal se conseguia virar.
- Quero isto tudo arrumado e quero-te na cama já, eu já volto para ver se está tudo no seu devido lugar.
Ouviu os passos da mãe a afastarem-se e o som da porta a fechar. Ficou paralisada por uns tempos, até que ganhou forças e se levantou, arrumou os legos, vestiu o pijama e deitou-se como lhe tinham ordenado. Iria ficar à espera que a mãe a chamasse para jantar, mas as horas foram passando e ninguém a tinha chamado nem a mãe e muito menos o pai, mas também não sabia se o pai já tinha chegado a casa.
Pedro chegou já passavam das onze da noite, tinha tido mais trabalho e tinha ficado no escritório até mais tarde, quando chegou a casa pousou a pasta e começou a subir as escadas para ir ao quarto de Mariana como era hábito quando ouviu a voz de Rita.
- Boa noite, isto é que são horas? Sabes a quanto tempo estou à tua espera para jantar?
- Desculpa, tive muito trabalho e nem dei pelas horas passarem.
- Podias ter avisado, não era?
- Já te disse que não dei pelas horas, desculpa. Mas podias ter comido sem mim.
- Sim e eu ia mesmo sentar-me à mesa sozinha.
- Sozinha não, com a Mariana.
- É a mesma coisa.
Pedro não gostava da maneira fria e desinteressada que Rita utilizava para falar da sua filha, mas compreendia a mulher arranjando para ele mesmo a desculpa de que era Rita quem cuidava de Mariana, e sendo Mariana uma criança, compreendia que ela quisesse a companhia de um adulto para conversar ao jantar.
- Bem vou só lá a cima dar um beijinho à Mariana e volto já para baixo.
-Não acredito, chegas a estas horas e ainda me vais fazer esperar mais tempo pelo jantar.
Pedro estava exausto e não queria discutir aquela hora.
- Pronto vamos lá jantar. Depois vou lá acima. Apesar de já não ter fome Pedro esforçou-se e acabou por fazer companhia à mulher e jantou, tomou banho e deitou-se.
Sentia-se demasiado cansado com o trabalho e com as constantes cobranças de horários de Rita, hoje não iria dar um beijinho à filha, para além do mais já era muito tarde e Mariana já estava a dormir, não a iria acordar.
Eram nove horas e Mariana estava a dormir descansada quando de repente sentiu os lençóis a serem bruscamente levantados para trás e ouviu a voz da sua mãe.
- Ainda estas a dormir sua preguiçosa, não sabes que tens escola, és sempre a mesma coisa.
- Desculpa, mãe.
- Desculpa… desculpa…é só isso que sabes dizer.
- Já viste como tens esse lábio? Mariana limitou-se a encolher os ombros.
- Agora vão dizer que eu sou uma má mãe porque tu caíste da cama abaixo e eu não estava atenta. Estou farta que olhem para mim como uma má mãe, tu é que és uma má menina e não fazes o que eu te mando, se fizesses nada disto tinha acontecido.
Mariana estava cheia de dores, mas sabia que não se podia queixar, sentiu uma forte dor lombar quando a mãe lhe arrancou o pijama do corpo, e a dor piorou quando a mãe lhe começou a dar banho com agua fria, queria chorar queria dizer à mãe que ela a estava a magoar, mas sabia que se o fizesse iria ser pior, pois sabia que a mãe não gostava de meninas choronas. Suportou a dor do banho e a dor de ser vestida e penteada à pressa e sem o menor cuidado. Nem sabe como consegui sair do carro e chegar à sua sala de aula, não tinha forças, tinha fome, e doíam-lhe tanto as costas que mal conseguia respirar quanto mais andar.
Sara, a sua professora mal a viu chegar, viu que algo não estava bem com a menina. Mariana estava pálida, encolhida sobre o seu lado direito. Algo tinha acontecido com ela.
- Estás bem Mariana?
- Estou sim senhora professora.
- Porque estás encolhida dessa maneira, tu não estás nada bem, olha-me esse lábio
- É que eu ontem cai das escadas abaixo e magoei-me nas costas e no lábio.
- Deixa-me ver as tuas costas.
O pânico apoderou-se do rosto de Mariana, ela não queria que a professora visse as suas costas, nem o seu corpo, porque iria certamente ver as outras marcas e não iria acreditar que ela tinha caído das escadas.
- Não é preciso eu estou bem, foi só uma coisa pequena.
-Eu insisto Mariana, deixa-me ver.
Começou a levantar a camisola a Mariana, e mal o fez, sentiu um arrepio pelas costas acima, não era possível, não queria acreditar nos que estava a ver, pegou na Mariana ao colo e foi com ela para outra sala, não queria que os restantes alunos vissem o que ela estava a ver.
Fechou a porta sentou a pequena no seu colo e despiu-lhe a camisola por completo, soltou uma lágrima sem querer, era mais forte do que ela, nem queria acreditar no que os seus olhos estavam a ver, era verdade que Mariana faltava muitas vezes à escola e que dizia que estava doente… agora tudo fazia sentido. Aquela menina não tinha caído das escadas, o corpo dela estava coberto de hematomas uns mais antigos e outros recentes. Aquela menina era vítima de maus tratos. Voltou a vesti-la e apertou-a nos seus braços com ternura, uma ternura que Mariana nunca tinha sentido antes.
- Quem te fez isto?
- Ninguém, fui eu que caí, eu sou uma desastrada e caí das escadas.
- Sabes que podes confiar em mim, eu só te quero ajudar.
- A tua mãe levou-te ao médico?
- Não, eu não preciso de ir ao médico, eu estou bem.
- Mariana eu tenho de chamar a tua mãe para ela te levar ao médico, pois eu acho que tu podes ter umas costelas partidas.
Mariana começou a chorar baixinho, A professora não podia fazer isso, não podia chamar a mãe, ela não a ia levar ao médico e ia-lhe bater mais, pois ela tinha sido má e tinha deixado a professora ver as nódoas negras e não tinha mentido bem o suficiente para ela acreditar que ela só tinha caído das escadas abaixo. O choro deixou de ser baixinho e passou a ser um choro descontrolado seguido por um,
- Por favor não.
-Pronto, pronto… Acalma-te, eu não chamo a tua mãe. Mas vou ter de te levar ao hospital, está bem?
- Sim está bem,mas promete que não lhe diz nada, por favor.
- Prometo. Espera aqui só um pouco que eu já venho, está bem? Mariana acenou com a cabeça. Sara foi falar com a Directora da escola, tinha de lhe contar o que tinha visto, não podia sair da escola com uma aluna sem dar uma justificação a alguém. Assim o fez depois de falar com a directora de pegar a sua mala e o contacto telefónico dos pais de Mariana, foi ter com ela e levou-a ao hospital.
As enfermeiras assim que a viram foram logo cuidar dela, deixando Sara sozinha na sala de espera.
Sara rodou para lá e para cá… para lá e para cá, sem saber o que fazer, que podia ela fazer por aquela pobre criança, se fosse pedir justificações aos pais corria o risco de que eles a transferissem para uma outra escola e continuariam com os maus tratos, mas também poderia ser outra pessoa a fazer-lhe aquilo e não os pais. Mas a reacção de Mariana quando ela lhe falou em chamar a mãe não tinha sido uma boa reacção. A enfermeira chamou-a e informou-a que Mariana tinha duas costelas partidas e um hematoma interno, que tinha de ficar internada pelo menos um dia para observações, que o melhor era chamar os pais dela.
Sara não sabia o que fazer… depois de algum tempo a pensar no que seria melhor e na reacção de Mariana ao facto de ela querer chamar a mãe… optou por ligar ao pai.
Pedro quando recebeu a chamada de Sara nem queria acreditar no que a professora lhe estava a contar. Chegou ao hospital e foi falar com a enfermeira, ele queria ver a sua filha, tinha de a ver, tinha de falar com ela, tinha de saber o que se tinha passado. Pois Rita não lhe tinha dito que ela tinha caídos das escadas, não lhe tinha dito nada e ele ontem não a tinha visto, sentia-se culpado por não ter ido ao quarto da filha na noite anterior, mas mesmo que fosse, não tinha visto nada, na maioria das vezes quando lá ia Mariana já estava a dormir. E não queria acreditar no que Sara lhe contara que vira no corpo da sua filha, não podia acreditar que ela estava a ser vitima de maus tratos, não queria acreditar que Rita poderia fazer mal à própria filha, sabia que ela não tinha muito jeito para ser mãe e que tratava a filha com alguma frieza, mas daí a bater-lhe…Não. Não podia ser.
A enfermeira informou Pedro do estado da filha e falou-lhe dos hematomas antigos que tinham encontrado por todo o seu corpo e autorizou que fosse ter com ela.
Pedro cabisbaixo entrou no quarto… Mariana assim que o viu sorriu, um sorriso triste e meigo.
-Desculpa pai.
-Desculpa o quê minha princesa?
- Desculpa por eu ser uma menina má e por te fazer triste.
- Mas tu não és uma menina má, és a melhor menina do mundo.
- Não sou não, a mãe diz que eu sou muito má, e que tu não gostas de mim, e que é por minha causa que nunca vens cedo para casa, para não me teres de ver.
Pedro ficou sem forças, nem queria acreditar no que estava a ouvir da boca daquela pequena e frágil criança. Ganhou coragem e perguntou-lhe.
- Mariana é a tua mãe que te bate, foi a tua mãe que te deixou desta maneira?
Mariana deixou uma lágrima rolar pela sua face…
Não foi preciso mais nada para que Pedro entendesse que sim, que a mulher que amava, que a mãe da sua filha era um monstro sem coração.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O desconhecido assusta.

Ela tentou novamente chegar até aquela linha que separava o seu mundo de uma luz tão intensa como nunca antes tinha visto. Quase todos os dias caminhava na sua direcção, e fazia-o não só pela curiosidade mas também, e principalmente, porque à medida que se aproximava cada vez mais daquela claridade, um sentimento de calma e de bem estar crescia dentro de si, a vontade de sorrir era inexplicável e os seus olhos adquiriam um brilho nunca antes visto nela ou em qualquer pessoa do seu mundo. Porém não conseguia explicar o porquê de se sentir desta forma, apenas sabia que ali era o único local que a fazia sentir assim. Mais uma vez não conseguiu pisar a dita linha, não conseguiu lá chegar, tendo sido empurrada para trás por uma força grandiosa. Parecia que algo guardava toda aquela luz, algo não deixava que ninguém trespassasse a fronteira. Voltou então para o início do caminho e novamente a escuridão desabou sobre a sua cabeça. O sorriso desvaneceu dando lugar a um semblante carregado, a calma e bem-estar deram novamente lugar à solidão, ao grande aperto que sentia todos os dias dentro de si, e os seus olhos escureceram tal como céu, reflectindo tristeza. Olhou novamente para aquele caminho que tentava percorrer todos os dias. Olhou bem lá para o fundo e já não se avistava qualquer réstia de luz. Desde pequena que tentava alcançar aquela luz, mesmo quando todos lhe diziam que aquele era um caminho proibido, que nunca ninguém tinha conseguido percorrer até ao fim. Mesmo assim ela fazia-o todos os dias pois isso concedia-lhe por breves instantes uma felicidade que não conseguia explicar. Os seus receios, inseguranças, desconfianças, tristezas, desapareciam como por milagre, e como era bom... Nesse dia não voltou para casa como sempre fazia. Não, nesse dia não desistiu e tentou mais uma vez. Queria sentir-se novamente daquela forma que sabia tão bem, e só depois voltaria para casa. Começou a caminhar, passo a passo, e a luz começou novamente a ser visível, cada vez mais, e quando voltou a sentir a tal tranquilidade, a força que sempre a empurrava para trás começou a surgir. Nesse preciso momento ouviu uma voz, vinha na direcção da luz, mas não conseguia ver quem era, os seus olhos não conseguiam habituar-se a tanta claridade e tendiam a fechar.
- Ei! Tu aí!!! Segura a minha mão... Disse a voz num tom doce.
- O quê? Quem és tu? Não te consigo ver! Disse ela tentando lutar contra a força que a empurrava para trás, semicerrando os olhos que já ardiam.
- Tenta abrir mais os olhos, só tens que habituar-te à claridade, consegues se o fizeres aos poucos. Agora dá-me a mão antes que seja tarde de mais!
Ela começou a ver uma sombra com a forma de uma figura humana. Aos poucos foi-se tornando mais nítido e viu um rapaz, debruçado sobre a linha que para ela era intocável, envergando um sorriso sincero, os olhos brilhavam quase tanto como a luz que surgia por de trás dele, e a sua mão direita estava estendida na direcção da rapariga.
- Ei!! Vá lá!! Dá-me a tua mão!! Disse esticando-se mais um pouco para a alcançar.
- Mas quem és tu? Eu não te conheço...como hei-de confiar em ti?
-Esse é o vosso problema...não confiam em ninguém, essa vossa insegurança...sempre com os dois pés atrás por precaução. É por isso que não conseguem cá chegar.
- O nosso problema? Problema de quem? Chegar onde?
- O problema de quem vive aí nesse mundo. Nessa escuridão total onde nunca se vê a luz do sol, onde estão sempre tristes, onde por mais família que tenham, andam sempre isolados, esse é o teu mundo. Mas dás-me a mão ou não? Disse o rapaz já a ficar impaciente.
- Espera! Hum...Quer dizer que desse lado as coisas não são assim?
- Claro que não! Se tantas vezes tentas aqui chegar por alguma razão é, certo?
- Sim, sinto-me bem aqui... - Então vem comigo! Tens um sorriso lindo, sabias? É um desperdício as pessoas não o poderem ver. Disse o rapaz piscando-lhe o olho.
- Mas eu não consigo! Quando chego até aqui há sempre esta força que me empurra para trás, nunca consigo ir mais além!
- A essa força chama-se Medo. É isso que te empurra para trás. Por mais que te sintas bem a percorrer este caminho, por mais que queiras alcançar esta linha, passar para o lado de cá onde sabes que te sentes tão bem, tens medo...tens medo de tentar, tens medo de mudar, tens medo de lutar...por isso voltas sempre para trás. És tu própria que não te deixas seguir em frente.
Ela ficou a pensar nas palavras daquele rapaz. Teria ele razão? Faziam aquelas palavras algum sentido? Começava a ficar exausta, não aguentava mais aquela força, em poucos segundos iria ceder e voltar novamente para trás. O medo...tinha medo de tentar, tinha medo de mudar...ele tinha razão!! A força venceu e ela escorregou, caindo no chão. Ao mesmo tempo esticou o braço e tentou desesperadamente agarrar a mão do rapaz que continuava à sua espera. Ele agarrou-a fortemente, puxando-a para cima. Ajudou-a a passar sobre a linha que separava os dois mundos, o mundo da solidão e o mundo da felicidade. Repentinamente uma onda de luz invadiu-a e fê-la sentir-se como nunca antes se tinha sentido. Desejou que aquele momento não mais acabasse. Queria sentir-se assim para todo o sempre. - Já te disse que tens um sorriso lindo? – Disse o rapaz sentando-se ao seu lado, enquanto contemplavam o campo colorido de diversas flores que se avistava à sua frente.
- Já... bem...nunca ninguém me tinha dito isso antes. Disse começando a corar.
- Talvez porque nunca ninguém teve o prazer de ver esse teu sorriso tão espontâneo.
- Obrigada...e quem és tu?
- Eu? Ora bem...ajudei-te a ultrapassar o teu medo de tentar, de mudar, certo?
- Sim...
- Se o fizeste suponho que confias pelo menos um pouco em mim, certo?
- Sim...
- Dei-te a mão e não te deixei cair, certo?
- É verdade... - Então podes chamar-me de Amigo....

...Burros...bem albardados!!!...

...em todos os locais, maiores ou menores, convencidos ou não, sós ou em grupo, há burros pobres de espírito, idiotas, chalados que, por falta de carácter, de personalidade, se deixam levar na onda, na onda das aparências, das vaidades sem significado, pela cabeça de outros, de terceiros, os mal intencionados, os aproveitadores, os que, com objectivos precisos, os utilizam como verdadeiros jumentos, asnos ou burros de pasmar, albardando-os, consoante o gosto e a soberana vontade dessas excelências, os que se aproveitam deles, os que os convencem, os que os levam para onde querem, submissamente porque, de vaidosos assumidos, se convencem, pobres jumentos: - Vamos todos convencidos muito assumidos, vaidosos com uns trapos, produzidos que mostramos, orgulhosos esquecendo, por uns momentos que o de dentro é que interessa tal como os pobres jumentos que, há muito, não vão nessa pois sabem, e com razão que albardados a preceito não deixam de ser o que são um burro ou burros, maravilhados consigo, com o seu bem estar por se verem bem albardados continuando a ser burros aparentemente afastados das estrebarias, dos seus currais!... ...não sejam burros, assumam-se como são, identifiquem-se convosco próprios pois, todos, todos sem excepção, temos mais valias que não aproveitamos devidamente...minimizamo-nos e, muitas das vezes, deixamo-nos arrastar, como os burros...rebelem-se e, ponham de parte, a história dos insignificantes e vulgares. Não queiram ser burros...dêem uma valente patada, (como os humanos) e não, uma parelha de coices, (como os burros)...atirem a albarda ao chão...mandem-nos à fava...sejam homens e mulheres com letras maiúsculas, de verdade, para o bem de vocês mesmos...

Sei o que quero e porque quero.

 Quero-te por aquilo que és,
Por aquilo que não és,
Por aquilo que vais ser,
Quero-te porque acredito,
Porque sei que posso acreditar,
Porque vais tentar não me desiludir,
Porque eu vou tentar não desiludir,
Quero-te por tudo o que significas ,
Por tudo o que te tornas-te,
Porque já não sei viver sem ti,
Quero-te pelo teu sorriso,
Por alegrares os meus dias,
Porque só tu me trazes paz ,
Quero-te por tudo Pelo teu cheiro que me persegue todo o dia,
Porque a tua presença me faz bem ,
Quero-te pela tua luz Porque quando chegas, tudo começa,
Porque quando vais nada mais interessa.
Quero-te pela tua alegria,
Por tudo o que me trazes.
Porque os meus sonhos estão em ti...
Quero-te pela tua calma ,
Por saberes cuidar de mim,
Porque só tu lês o meu pensamento,
Quero-te pela tua vida ,
Por ter a certeza...
Que sem ela a minha não é nada.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Fuck This...

Não suporto gentinha invejosa…
Sim dessas que se fazem de amigas, que são umas doces e queridas e às escondidas roem por dentro.
Isto porque vivem a vidas dos demais e esquecem-se ds vdas própras que afainal não têm, ou seja passam o tempo todo a invejar os outros em vez de fazerem algo pela vida delas.
Vivem a vida como se fosse uma telenovela, ficam a lamentar-se mas em silêncio, que a amiga já arranjou namorado, ou que a amiga continua magra, ou que a amiga vai viajar, ou que a amiga vai sair com outros amigos e ela ficou de fora. Essas pessoas nem entendem que se pararem de ficar sentadas a invejar a vida das “amigas” podem ter tudo e muito mais, mas mexer o cú cansa...o melhor é esperar sentado e dar à língua que é mais fácil.
Gente frustrada, é outro tipo de pessoas que por amor de Deus, vão morrer longe para não cheirar mal. Essas são quase iguais às invejosas, mas piores ainda, porque enquanto as pessoas invejosas, ficam a roerem-se por dentro e na calada, as frustradas não. Essas disparam em todas as direcções, seja em actos ou em palavras essas pessoas estão bem é a falar mal e a pisar, para ver se alguém se sente ainda mais frustrado que elas próprias. Querem chamar é a atenção para elas, seja a que custo for… Só consigo sentir pena.
Gente mal F.....…… Uuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiii Carradas delas e deles, e embora não sejam eles a serem f*** são eles que deviam F*** e não o fazem, daí andarem tanto eles como elas em crises existenciais, em crises de personalidades, em ataques de hesterismo e de frustração…. Pois mal F*** acaba certamente em frustrada… Dou um conselho: Se não conseguem arranjar homem e nem uma “criança” ( homem mais novo, tipo o namorado da filha ou vice-versa)… arranjem um de borrancha a pilhas… são baratinhos e não fogem depois dos vossos ataques de frustração. E aposto que resolve a maioria dos vossos problemas, até vão andar mais bem dispostas/os e tudo...
Não posso com homens que apesar de saberem que A ou B já tem um relacionamento, continuam a dar em cima… Tipo és otário ou o quê??? Será que queres um desenho … e que tal ires cuidar da tua mulherzinha…. Não digo que sejam todos, mas uma grande maioria têm a mulher em casa, mas continua a atacar toda a fêmea que encontra num acto de desespero que até dá dó… Já vi de onde vêm as mal F****… descobri que a culpa é de tipos como este…
Enfim…
Não são só os homens, também não entendo as mulheres que não sabem aceitar um não e que continuam atrás dos homens que elas dizem “amar”( pois para mim isso não é amor é doença). Como se fossem uns cachorrinhos atrás do dono, que teima em chutá-la mas ela não vê. Caramba tanta humilhação para que??? Homens há muitos pá, para lá de infernizar a vida do homem., Há que ser uma senhora e sair com classe, agora fazer esperas à porta do trabalho, ir aos mesmos sítios que ele, telefonar-lhe vezes sem conta, usar mil e um pretextos só para o poder ver… Fazer cenas de choro e de ciúmes, quando ele arranja outra… Ora, arranjem um pouco de auto-estima sim… Não sou homem, mas tenho a certeza duma coisa, se fosse homem só gostaria de, mulheres seguras de si. Que sabem o que querem e que sabem quando está na hora de sair de cena.
Outra coisa que me irrita é quando sabem que perfeitamente que o amigo/a são casados mas mesmo assim passam a flirtar… a mandar piadinhas, a aproximarem-se de mansinho a envolver a pessoa na sua teia, depois vêm com aquela desculpinha básica . - Eu não queria, mas aconteceu, nós não mandamos no nosso coração, agora juntem a frase com um ar angelical, quase de arrependida/o… Fonha-se para mim marido de amiga minha é mulher e eu não sou Lésbica…ok.
Odeio pessoas que passam a vida a fazerem-se de coitadinhas , só para chamar a atenção e piores são as pessoas que se fazerem amiguinhas das coitadinhas só por pena delas. Fazendo assim com que elas pensem que têm supostas amigas do coração que têm penas delas, mas que na realidade não lhes interessa em nada isso.
Desprezo pessoas que “roubam” ou aproveitam as ideias dos outros em função de si mesmo. Tipo quando roubam o texto a um autor e não escrevem o nome dele no fim.
Resumindo odeio pessoas falsas.
Gosto de pessoas frontais e directas, que em vez de passarem a mãozinha pela cabeça, dizem o quem têm a dizer, dizem o que realmente pensam, e não têm medo de o assumirem.

segunda-feira, 23 de março de 2009

A canção de kali

A canção de kali.
UM MANUSCRITO COM PODERES INIMAGINÁVEIS. UMA SEITA DE ASSASSINOS DISPOSTA A TUDO PARA O POSSUIR Robert Luczak, jornalista e editor, é enviado a Calcutá para recuperar um manuscrito de uma raridade incalculável. O seu autor é um obscuro poeta indiano que morreu há quase dez anos. O manuscrito, no entanto, é mais recente, e estranhos rumores dizem que o autor ressuscitou para escrever essa obra. Aconselhado por um amigo a não aceitar a missão, Robert ignora o aviso e até leva a mulher e a filha recém-nascida. Uma decisão que o irá atormentar para o resto da vida. Calcutá é um lugar selvagem, agressivo, imundo e infinitamente estranho. Logo que chega Robert é arrastado para as entranhas da cidade e descobre que não é o único a perseguir o valioso manuscrito. O Culto de Kali – uma temível seita que conspira para invocar a Deusa da Morte e libertá-la sobre a Terra – está disposto a tudo para o encontrar: sangue, morte e até sacrifícios humanos. A Canção de Kali é a história de um homem disposto a ir ao próprio Inferno e a arriscar muito mais do que a vida. E você... está pronto para ouvir esta canção?
Um exelente livro

quinta-feira, 19 de março de 2009

A importância de ser Pai.

A importância do pai Porque hoje se comemora o dia do pai e porque hoje a noticia do jornal da tarde é que cada vez existem mais crianças de pais separados, a maioria das quais só convivem com as mães, resolvi postar sobre a importancia do pai desde o nacimento ao desenvolvimento das crianças Porque uma criança não se faz sozinha, faz-se a dois, na hora de educar deve ser a dois tambem, mesmo que não o façam enquanto casal. Desde a gestação o pai tem um papel fundamental no desenvolvimento do filho. Hoje, comprovadamente, sabe-se que todas as emoções vividas pela mãe na gestação influem diretamente no desenvolvimento da criança. Quando a mãe está feliz, ou triste, nervosa ou tranqüila a criança também recebe esses estímulos, portanto, o pai deve participar ativamente deste período, acompanhando todo o desenvolvimento, as consultas no obstetra, obtendo informações de como será a nova vida com a chegada de um bebê. Quanto menor a criança, maior é a necessidade de referência e valores. Essa referência sempre estará presente, até a vida adulta, entretanto, nos anos iniciais, os valores discursados e praticados têm um peso significativo. O pai precisa dispor de um tempo efetivo para o filho. Aquele tempinho para contar uma história, rolar no chão e contar as novidades do dia. É preciso exercitar essas atitudes para que efetivamente esse momento seja rico. Se o pai chega em casa, com a cabeça no trabalho, e coloca uma fita para o filho ver e pensa que está fazendo um benefício, pois ele está entretido e feliz, se engana. Aqueles minutos de intimidade são essenciais para criar o vínculo e dar parâmetros de comportamento à criança. Não se pode mais falar hoje, de um modelo de pai, pois muitos são os tipos de estruturas familiares. Tempos atrás, a família patriarcal era soberana. Bastava ao pai prover autoridade, segurança física e financeira – e pronto, seu papel estava sendo perfeitamente cumprido. Hoje, ainda remanescem algumas famílias patriarcais, mas são poucas. O pai tem procurado participar mais, dividir responsabilidades e prazeres ao lado dos filhos também. E claro, essa é a receita ideal. A ausência do pai pode trazer conseqüências psicológicas à criança. Se a ausência é definitiva, no caso de morte ou porque o pai não assumiu a paternidade, há que se trabalhar o contexto com a criança desde cedo contando a ela, na linguagem apropriada para a idade, o que aconteceu e como o restante da família enxerga a situação, procurando minimizar o sentimento de rejeição. É sempre muito importante ter uma figura masculina, seja ela um novo companheiro da mãe, um tio, amigo ou avô, para que se tenha o modelo masculino. Quando a criança não tem esse modelo pode passar por situações de não reconhecimento do gênero. Ela não sabe o que é ser menina ou menino, pois não têm parâmetros. É muito comum, principalmente em meninos já que estamos falando da figura do pai, adotarem trejeitos femininos ou até preferências culturalmente femininas, não porque tenham uma opção sexual diferente, o que também pode ocorrer, mas porque simplesmente ele não sabe o que é ser menino ou o que faz um menino. Todos sabemos que as crianças tendem a imitar quem esta mais proximo. Para o famoso “pãe”, o conselho é: pais são tão capazes para lidar com a rotina do filho quanto as mães. O ponto mais importante é ter consciência da necessidade do modelo feminino, como dissemos em relação ao masculino. Importantíssimo é não menosprezar a mãe, por mais difícil que tenha sido a separação, se for esse o caso. Há que se pensar na criança. Mães e pais são vínculos eternos. Não se deve "fazer a caveira" do outro, pois elas crescem, são inteligentes e irão certamente fazer comparações e tirar suas conclusões, percebendo os defeitos e qualidades de ambos. Sabemos que uma separação na maioria das vezes não acontece de forma amigável, mas é preciso se conscientizar e não usar as crianças como ferramenta para ferir o outro. Sejam espontâneos e transparentes. Não é preciso recompensas materiais. Curtam os momentos em que estão juntos, riam e se divirtam. Não há melhor receita.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Ser mais complexo não há.

Ser mais complexo não há.
Bem vou falar de mulheres…
Não vou falar nem mal nem bem, vou generalizar que isso está na moda, e além do mais depois de colocar alguns blogs a provocar os homens…acho que está na hora de escrever sobre as mulheres. Não que com isto vá por paz a guerra dos sexos, que essa nunca terá fim…
Bem ter fim tem, mas recomeça e acaba, recomeça e acaba… porque fazer as pazes é bom. E uma guerra dura a séculos não vou ser eu que vou tentar por fim. Comecei por dizer que vou falar de mulheres, não vou falar, vou tentar falar, afinal mulheres existem muitas e assim como não existem dois grãos de areias iguaizinhos as mulheres também não são todas iguais, nem mesmo as gémeas. Por isso disse também que iria generalizar. Mulheres há muitas e homens também, isso todos nós sabemos Mas Infelizmente, não o suficiente para que todas as que querem ter, parceiro, o tenha. Não sei se será problema deles, ou delas. Ou dos dois. Ou de nenhum. Fica difícil falar das mulheres, digo falar, porque criticar é fácil. Posso começar por Eva, uma vez que ela foi a primeira das mulheres, e dizer que ela, nas suas artimanhas fez com que Adão comesse a maçã antes dela. E vê-se logo que as mulheres, quando querem muito uma coisa conseguem, sempre foi assim desde do início dos tempos. Podemos levar tempo, mas com o nosso jeitinho a coisa vai lá. Somos cuscas. Lemos revistas cor-de-rosa e azuis e conhecemos todas as caras que por lá aparecem. Sabemos o nome, o que fazem, com quem andam ou andaram. Somos implicativas. Sempre de comentário na ponta da língua. Não fazemos por mal, mas como somos boas observadoras, nada nos escapa. Desde chegar a casa e reclamar porque a cama ainda está por fazer, como reclamamos quando o homem não faz pisca para ultrapassar um carro. Reclamamos porque queremos parar e perguntar o caminho enquanto eles sabem sempre a direcção. E quando são eles a conduzir, perdemo-nos, porque se recusam a perguntar. Vivemos da moda, da aparência. Perdemos tanto tempo em frente aos espelhos e nos provadores das lojas que esquecemos tudo o resto. Compramos peças nos saldos ao desbarato e que nunca vamos sequer usar. Não nos vêm duas vezes com a mesma roupa o que leva a crer que a alugamos. Combinamos cores e todos os pormenores. Dificilmente olhamos para um homem que não vista bem Somos sonsas. Parece que não partimos um prato e depois, vai se a ver e partimos a loiça toda. Fazemos tudo pela calada, ou quase tudo, raramente dizemos à frente de alguém o que pensamos dessa pessoa. Falamos mal das outras e costumamos cobiçar o que não é nosso. Temos a manha de sete raposas e a falsidade é a nossa maior característica. Somos mulher furacão. Por onde passamos, dificilmente não notam a nossa presença. Os homens desejam e as mulheres invejam. Divertidas e faladoras. Inteligentes. O maior defeito é serem perfeccionistas. Temos as fases da loucura, fase de alegria, fases de crises de choro, crises de crises, e mais algumas crises, ficamos frustradas quando passamos horas no cabeleireiro e quando chegamos a casa e ninguém nota. E temos um amor incondicional. Agimos por intuição porque os homens nunca nos dão as respostas a nada, daí, supomos. Quando amamos, somos verdadeiras fadas do lar. Cozinhamos, bordamos e tudo mais. Deixamos de sair com as amigas para nos dedicarmos a preparar uma refeição. E pelos filhos, abdicamos de quase tudo o resto. Não compreendemos porque é que o nosso suposto homem deixou de ser companheiro e com o tempo, dedicamos mais atenção aos filhos que a ele. Não admira… Somos distraídas. E gostamos. Gostamos de seduzir e de ser seduzidas. Que nos surpreendam. De sermos donas do nosso nariz e nem sequer pedir dinheiro ao marido. Namoramos as montras ao pé dele para ver se ele percebe que nos babamos por esta ou por aquela peça. Podemos ser românticas, sentimentalistas. Choramos a ver a telenovela ou a ler um livro porque temos essa capacidade de nos infiltrar no lugar de outra pessoa e compreendemos a sua dor. Não podemos viver sem as amigas. Dentro de cada uma existe um universo que muitas vezes, nem a melhor amiga é capaz de nos perceber. Mas não importa. Ela não reclama e aceita-nos assim mesmo. Não nos chateiam porque demorámos mais dez minutos, não querem saber da nossa celulite, das rugas, acham-nos sempre bonitas, mesmo quando não o estamos, dão-nos um ombro, procuram-nos e mimam-nos. Não trocam uma saída connosco por causa de um jogo de futebol e juntas conseguimos falar sobre muitíssimos temas. Os homens, os nossos homens e os homens das outras. Rimo-nos sem motivo e de vez em quando choramos. Dividimos lágrimas e o fardo fica mais leve. Temos o mundo aos nossos pés, impulsionamos nos homens aquilo que queremos sem eles se darem conta. Sonhamos acordadas e a dormir. Desejamos e odiamos. Descemos das tamancas quando nos pisam os pés e de avental a cintura, viramos peixeiras. Temos o dom de ser uma lady na mesa e uma louca na cama, por vezes parecemos ter dupla personalidade. Ma já que desempenhamos tantos papeis, não temos dupla mas por vezes quádrupla e quíntupla personalidade, ora somos mulheres, esposas, empregadas, filhas e mães… Vamos a qualquer lugar e nem precisamos que nos acompanhem que nós não somos procissão. Mulher que é mulher, cai e levanta-se. Raramente chora em publico e dificilmente desiste das lutas em que entra. Somos felizes e reclamamos sempre da vida que temos.
E os homens… falamos mal deles.
Rimo-nos deles.
E choramos por eles.
Afinal não vivemos sem eles.

Coisas e coisinhas.

As coisas óbvias não têm a beleza do "fazer pensar". A graciosidade da vida não é ser-se esperto/inteligente (riscar o que não interessa) o suficiente para saber viver como mandam as regras. É ser-se destemido, audaz o suficiente para ir contra a maré e pensar por si. Para si, para dentro. Correr o risco de ser autêntico, sob pena de incompreendido! Porque, como me foi dado a conhecer há pouco tempo, há sempre alguém que nos desilude e alguem que nos compreende, mesmo quando somos perigosamente naturais. Não podemos agradar a todos, embora por vez nos esforcemos demasiado e acabando por nos perdermos de nós proprio...

sábado, 7 de março de 2009

Perdida até de mim...

Sopra uma brisa forte, os meus cabelos esvoaçam com o vento…
Tenho frio, não um frio que um simples agasalho me o leva-se, tenho um frio dentro de mim, o meu sangue corre gelado.
Aproximo-me do lago e vejo um reflexo nas suas calmas aguas …
A medo pergunto: – Quem és tu?
Ouço uma voz distante que me diz:
- Eu sou o teu reflexo.
- Não, não és, essa pessoa que me mostras não posso ser eu.
- Garanto-te que o és!
- Não sou, pois eu tenho sempre um sorriso e essa não, eu tenho sempre um brilho nos olhos e essa não, eu sou feliz e essa não me o parece .
- Sabes bem que o reflexo não mente, olha bem de novo…
- Sim estou a olhar!
- E?
- E não vejo nada ao qual se assemelhe.
-Então olha com olhos de ver.
-Entendo-te, um sorriso jamais pode esconder a tristeza de um olhar, para quem olha com olhos de ver e de querer…
Fico assim perdida em mim um tempo sem fim.
Não sei quem sou, não sei para onde vou…
Sei que sem ti fico perdida…
Perdida até de mim…

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Puro Prazer.

Vou-vos contar um segredo.
Adoro...
Adoro...
Adoro...
Adoro iogurtes , melhor adoro os iogurtes da danone, melhor ainda gosto dos iogurtes da danone da selecção puro danone. E porque estes e não outros. Porque estes trazem umas mensagens tão lindas , tão doces , tão inspiradoras …
Assim que retiras a tampinha lá esta a tal mensagem Como estas por exemplo:
- Dizem que é Inverno eu acho que és Primavera
-És o meu sorriso.
-Quero-te tantinho .
- És inspiradora.
- Adoro-te .
Bem se estes iogurtes tivessem pernas eu casava-me com um deles assim que lhe tira-se a tampa. Se fossem todos assim logo pela manha o dia correria muito melhor certamente, com sorrisos e mais sorrisos…
Pois sabe tão bem ouvir estas lamechices pela manha…
Vou comer outro Danone puro.
Volto já.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Quem não?

Quem não? Quem nunca sofreu por ou de amor, que atire a primeira pedra… Pois acho que todos nos já passámos por algum desgosto relacionado com o amor ou com o que julgávamos ser amor, mas isso não nós dá o direito de desatar a disparar em todas as direcções e falar mal do amor… ou falar que ele não existe , ou isto e aquilo... São tudo tretas, isto na minha opinião. Somos seres humanos… todos nós erramos… Todos nos temos más experiências… mas contudo não devemos perder a esperança. Eu felizmente não perdi a esperança no Amor, nem nas pessoas e ainda bem que não o fiz, pois hoje posso dizer que estou feliz, muito feliz. Encontrei amor, ou ele encontrou-me a mim. E por ambos acreditarmos nele somos felizes. Temos é de acreditar… e acima de tudo acreditar em nós próprios e nas nossas capacidades. "Relembrando que não devemos esquecer...que sem amor....a vida perda a sua verdadeira identidade... "Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade, a privação mais horrorosa, que não é possível recuperar nem nesta vida... nem na futura." Pensamento enviado pelo Francisco o qual eu achei que encaixava aqui muito bem. A vida sem amor não têm sentido.
Hoje olhando para trás, fico feliz por ter passado por todas as experiências que passei, por todos os buracos nos quais entrei e cavei até sair. Pois se foi preciso passar por tudo para chegar até aqui , então eu não me arrependo de nada. Hoje sou feliz ao teu lado meu Rei e juntos vamos construindo este amor eterno e lindo. Aproveito agora, que está a chegar o dia dos namorados, apesar de eu achar que o dia dos namorados é todos os dias, para te dizer uma vez mais que te amo, e que é ao teu lado que eu espero envelhecer… que giro que vai ser nós os dois velhotes e rabujentos…. Hehehehe…
Sei que a vida não é cor de rosa, mas é da cor que nós os dois lhe vamos dando dia após dia, na sua construção a dois. É ao teu lado que eu quero escrever o livro da vida, página após página e ao teu lado que um dia a quero recordar, bem juntinho no teu abraço.
Fazes-me tão bem meu Rei.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ligação a terra.

Ligação à Terra. Pois é! Após ter lido o blog do koelho sobre a próstata e a infidelidade. Lembrei-me de uma reportagem, que li á uns tempos numa revista. É claro que …me lembrei de escrever um post. Aviso já que não tolero faltas de educação e este blog não é para ofender ninguém! Aliás se sentirem-se ofendidos é porque a carapuça serviu… Bem, citando o Koelho. “E como se estimula a próstata além da masturbação? Através do toque rectal Existe quem diga que durante o acto sexual, a mulher pode enfiar um dedo (que é o indicador!) no ânus do homem e que este gesto dá prazer ao homem... Ok, até pode dar mas tenho a certeza que muitos preferem continuar ignorantes e optar por se prevenirem, recorrendo apenas ao muito sexo...” Agora digo-te eu koelhito. Estás enganado. Podem e existem alguns que gostam de ficar na ignorância nesse assunto... Mas… São muitos os homens que preferem não ficar na ignorância, e segundo o artigo da revista Happy, não é bem do dedo a estimular a próstata que eles gostam. Eles gostam mesmo é que as mulheres os penetrem com um vibrador ou com um cinto apropriado para esse fim… É. Eu também fiquei um pouco chocada… mas a verdade é que tanto eles como elas gozam com a troca de papéis… fazendo ela de macho… e ele de… nem sei qual o termo apropriado… Mas pelos testemunhos deixados, nenhum destes homens são gays ou já lhes passou pela cabeça trocar a mulher por um homem… por isso a estimulação anal não é só coisas de maricas… muito homem com H grande o pratica…. Só que por vergonha não fala nisso. Aqui ficam alguns esclarecimentos… dado por quem é especialista. Fio terra é apenas uma entre várias técnicas para o estímulo anal do homem. Mas poucos heterossexuais conhecem essas técnicas, menos ainda as põem em prática e nenhum confessa que gosta. “Eu sentia tesão no ânus, queria continuar experimentando esse tipo de carícia, vale ou até mesmo a introdução do dedo da minha namorada na hora em que eu estava em cima dela, durante a penetração. Mas tinha uma dúvida que me matava: ficava com medo de ser gay”, revela Pedro*, 29 anos, operador da Bolsa de Valores. Na opinião de sexólogos, como a terapeuta sexual Sonia Daud, , sentir tesão no ânus não é indício de homossexualidade enrustida. “O ânus é uma área do corpo como outra qualquer e é possível sentir prazer nela sem ser considerado gay”, explica Sonia. O que define a homossexualidade é a quem está direcionado o desejo: se a pessoa sente tesão por alguém do mesmo sexo, é homossexual. Se sente desejo por ambos os sexos, é bissexual. Mas, se um homem se excita apenas com mulheres, é heterossexual, independentemente do tesão que sinta ou deixe de sentir em seu ânus. Segundo médicos, o ânus é uma poderosa região de prazer, tanto no corpo feminino como no masculino. A parte externa do ânus, próximo à abertura, tem grande concentração de terminações nervosas. Por isso, carícias feitas ali por um dedo ou uma língua podem provocar muitas sensações. Já a parte interna do ânus, o reto, acusa pressão mais que sensações. A inserção de um dedo possibilita o estímulo da base interna do pénis, do duto ejaculatório e da próstata, glândula envolvida na produção de sémen. Essas partes da anatomia masculina podem ser alcançadas pelas paredes internas do reto, perto da abertura, na direcção da frente do corpo. “Essa é uma área que pode dar tanto uma sensação de bem-estar como de mal-estar, dependendo da cabeça da pessoa”, explica o médico e sexólogo Moacir Costa, autor do livro Amar Bem. Buterfly_purple.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Socorrooooooooooooooooooooooooooooo...

Socorroooooooooooooooo. Credo… Já devorei metade de um bolo de chocolate com creme de leite hoje…. A culpa é deste tempo… não para de chover… não saio a rua… e pimba vingo-me no bolo…. ...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Recordações.

O grande cedro ainda se encontrava no mesmo sítio. Os anos tinham passado e ele ali permanecia, grande, forte, inabalável. Ela deu uma volta em redor da grandiosa árvore, passando os seus dedos pela dura casca que brilhava em certas partes devido à resina que a cobria. O mesmo local, o mesmo sítio onde outrora fora tão feliz. Encostou-se ao grande tronco, onde ficou amparada, com as mãos atrás das costas, mantendo assim o contacto com aquela árvore, como se isso a fizesse voltar de novo àqueles tempos dos quais sentia tantas saudades. Fechou os olhos. Os cinco sentidos ficaram apurados...o cheiro a terra molhada era o mesmo, aquele cheiro que ela tanto gostava. Ouviu de novo as gargalhadas puras e sonoras dadas com tanta facilidade, viu os sorrisos alegres e os olhos cintilantes daqueles que com ela partilharam brincadeiras sem fim. Sentiu novamente o ar fresco daquela manhã, as gotinhas de orvalho nos seus cabelos já desalinhados, a pele macia e quente das mãos do mais novo, a pele áspera que demonstrava anos de trabalho do mais velho. E então num misto de lembrança real e sonho...
- Mais rápido avô!!! Mais rápido!!
- gritou ela com a adrenalina a contagiar-lhe todo o corpo, enquanto balançava freneticamente as pernas para que o baloiço subisse mais alto.
- Se te empurro com mais força o mais certo é dares a volta ao tronco e ficares presa nele! – disse o avô soltando uma sonora gargalhada.
- Não faz mal! Eu não me importo! Não tenho medo...tu estás aqui e podes-me salvar!
disse envergando um semblante confiante.
- Só tu mesmo minha pequenita!! Ainda bem que voltaste já tinha saudades tuas!
disse ela saltando do baloiço ainda em andamento.
- Sim! Eu bem te disse que era um até já e não um adeus! disse o avô abraçando-a.
- Eu sei...mas senti a tua falta !E tive medo...pensei que não voltasses mais.
- Nada disso...aquilo já se torna uma rotina, sabes como é, aqueles quartos frios são o meu segundo quarto e aquele pessoal de bata branca são os meus segundos entes queridos!
disse o avô piscando-lhe o olho.
- O que é isso que trazes aí?
- É uma Borboleta! Não me esqueci o quanto as adoras.
-Obrigado. Eu sei que não... disse ela esboçando um leve sorriso. Baloiças-me novamente
- Claro!! E durante horas que pareceram infinitas, houve brincadeira, cantaram-se canções, o avô contou-lhes aquelas histórias que só ele sabia e aquelas adivinhas que a faziam pensar durante tempos e tempos enquanto o Avô sorria para ela divertido
- Bem rapariga está na hora de ir embora.
Ambos se levantaram e deram um beijo na face .
- Onde vais? Perguntou ela curiosa
- Vou olhar o céu.
-Vamos percorrê-lo juntos?
- Talvez um dia, daqui a muito e muitos anos. disse o avô passando carinhosamente a mão na cabeça dela.
- E voltas? perguntou ela começando a ficar triste.
- Estejamos onde estivermos estaremos sempre juntos. Não é um adeus...é um até sempre! Virou costas e desapareceu no intenso nevoeiro. Ela abriu os olhos. Tinha o rosto molhado. Um aperto no peito. O dia estava soalheiro, um céu limpo sem uma única nuvem. Contemplou-o durante alguns minutos e derramando uma lágrima solitária disse: “ Estejas onde estiveres, estaremos sempre juntos....até sempre!”
Recordando o meu avô.